segunda-feira, 3 de março de 2008

O PAPEL DE ALVARO URIBE TÁ CLARO, E O BRASÍL?

Com a agressão ao território do Equador, a Colômbia se consolida como o braço militar dos Estados Unidos na América do Sul.
Essa foi a resposta de Alvaro Uribe às tentativas de "conciliação" que a comunidade internacional estava produzindo e que resultaram na libertação de reféns na mão da guerrilha das FARC.
A interceptação de chamadas feitas por telefone via satélite exige alta tecnologia, assim como um ataque aéreo noturno seguido de desembarque de tropas. Toda essa tecnologia foi fornecida à Colômbia pelos Estados Unidos, para não falar da assessoria direta prestada por Washington na área de coleta de informações.
O que a Colômbia fez foi aplicar, na América do Sul, a "doutrina do ataque preventivo" do governo Bush. Isso abre as portas para que a Argentina faça o mesmo no Uruguai, o Brasil faça o mesmo no Paraguai e a Bolívia faça o mesmo no Chile.
Está faltando coragem e ousadia ao governo Lula, o Brasil está calado, mais de 48 horas depois dos acontecimentos.
Até os governos do México - oferecendo mediação - e da França - lamentando a morte de Raúl Reyes - já se manifestaram.
Os perigos de um conflito regional não interessa ao Brasil?
Este é o momento de o Brasil assumir a liderança da intermediação desse conflito, seguindo a melhor tradição da diplomacia brasileira, sobretudo a recente, que já obteve êxitos importantes na mediação de conflitos e que não pode permitir que a situação degringole como desejam interesses estrangeiros extra América do Sul.

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