Tive a sorte de ver Benazir Bhutto no meio de uma conferencia internacional, em Londres, cidade que a hospedou no seu exílio. Nunca a tinha visto antes. Ao vivo era uma bela mulher, ainda mais bela das fotos e filmes que, desde sua juventude a retrataram. Uma beldade que transpirava inteligência e determinação, além da alegria, otimismo e confiança na vida.
Naquela altura já se sabia de sua determinação de voltar ao Paquistão, e as perguntas recorrentes eram sempre as mesmas: “Não tem medo de voltar e ser assassinada?” Mas ela sempre respondia firme: “Não temo por mim, temo muito mais pela sorte do meu País”. Por isso quero voltar antes que seja tarde demais”.
Benazir Bhutto viveu metade de sua vida
No seu ultimo livro Garton Ash reconta (sem fazer nomes) de um companheiro de estudos, futuro líder de uma grande nação, junto ao qual fumava baseados
Benazir foi uma mulher capaz de viver entre dois mundos, o oriente e o ocidente. Uma líder que vestiu os panos da modernidade e da tradição, uma heroína que não temia pela própria vida.
Benazir não tinha nada de ingênuo, por isso ao voltar ao Paquistão, deve ter tomado todas as precauções possíveis. Com certeza ela sabia que iria enfrentar todo tipo de atentados e que poderia não escapar, mesmo assim resolveu voltar.
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