quarta-feira, 21 de novembro de 2007

AINDA SOBRE O FACTÓIDE GIAMBIAGI

MINO CARTA ESCREVEU

Miriam Leitão dispensa apresentações, mas há momentos em que ela é mais Miriam Leitão, e outros em que é menos. Por exemplo. Ela superou-se como Miriam Leitão durante a campanha da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, conduzida à sombra da bandeira da estabilidade. Miriam Leitão anunciou ao País que era para acreditar, com empenho infatigável, maciço e diuturno. Foi um sucesso. O próprio doutor Roberto, nosso colega Marinho, confiou na sua colunista e partiu para alguns investimentos de largo porte, condizentes com a imponência das Organizações Globo. Exatos doze dias depois de empossado, o reeleito desvalorizou o real. O artigo de hoje de Miriam Leitão no O Globo é outro momento de glória da veterana jornalista. Conta detalhes infinitesimais do Caso IPEA, a dar voz exclusivamente aos demitidos, aqueles quatro economistas que organizam desagravos. Marcio Pochmann não foi ouvido, é óbvio. O negócio é o de sempre: levantar suspeitas e desfechar acusações contra o governo do ex-metalúrgico, enquanto os demitidos perdem-se em bravatas. Mas, em verdade, verdadeira e factual, este do IPEA não é o caso que houve, e os quatro estão longe de serem os sábios varões desenhados pela mídia nativa. Quanto ao fato de discordarem da política do Banco Central, há muitos mais ferozes do que eles dentro da administração governista. Entre os quais figura com destaque Marcio Pochmann. As demissões têm, no entanto, outra origem. E não excluam, no rol, a incompetência.

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