segunda-feira, 29 de outubro de 2007

”No PT, um pequeno grupo de pessoas decide o que fazer”

Candidato a presidente do PT na eleição de 2 de dezembro, o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP) tem no seu programa de campanha o resgate da ética no partido.
Sub-relator da CPI dos Correios, ajudou a apurar o escândalo do mensalão, o maior no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela queda de toda a cúpula do PT, em 2005.
Cardozo diz que houve mesmo desvios no partido. Nesta entrevista ao Estado, ele afirma que o PT está desfigurado.

Por que o senhor decidiu ser candidato a presidente do PT?
Porque conto com o apoio de militantes que antes não costumavam se juntar, como o ministro Tarso Genro (Justiça), os governadores Marcelo Déda (Sergipe), Jaques Wagner (Bahia) e Ana Júlia Carepa (Pará), o senador Eduardo Suplicy. Isso dá à minha candidatura característica nacional.
Lula tem dito que em 2010 o candidato à sucessão dele não necessita ser do PT, mas da base aliada. O PT, no entanto, decidiu em seu último congresso que lançará um candidato. Como o senhor vê isso?
É legítimo que o PT pleiteie. Mas temos de respeitar as forças aliadas de forma a construir os nomes que são melhores para o momento. Seria um absurdo o PT dizer que não quer um candidato. É o principal partido do País, tem governadores, prefeituras importantes. Mas qualquer candidatura tem de ser construída com respeito aos adversários. Temos de abrir diálogos.

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