“Existe uma determinação do governo de que não haverá nenhum incentivo para o plantio de cana na Amazônia. O ministro da Agricultura está fazendo um zoneamento agrícola e o ministério do Meio Ambiente está aportando uma série de informações para isso, porque os biocombustíveis brasileiros não podem ser produzidos a custa de problemas ambientais e nem de problemas sociais. Se eles querem ter alguma viabilidade, algum futuro, não podem sequer pensar em se expandir para a Amazônia” disse.
A ministra informou ainda que irá se reunir amanhã (26) com os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Justiça, Tarso Genro, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para dar continuidade a ações conjuntas que vem sendo realizadas com o emprego da Polícia Federal, Exército, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recurosos Naturais Renováveis (Ibama), e de um destacamento da Força Nacional de Segurança, que acompanham questões ambientais.
Ao falar com a imprensa, Marina Silva também contestou críticas de ambientalistas de que a redução de 25% do desmatamento na Amazônia anunciada esse ano pelo governo seja resultado da redução do preço da soja no mercado internacional e de que o quadro voltará a piorar quando houver alteração nesse mercado.
“Nós levamos em consideração essas variáveis desde o início do Plano de Combate ao Desmatamento. Eu discordo da visão que atribui a queda de 65% do desmatamento (nos últimos três anos) apenas ao preço das commodities. Nos últimos três anos foram aplicados R$ 3 bilhões em multas, presas 675 pessoas entre elas, 120 servidores do Ibama, foram desconstituídas 1500 empresas, embargadas 66 mil propriedades de grilagem, apreendidas centenas de caminhões, tratores, moto-serra, além de 22 operações de inteligência com a Polícia Federal e 400 operações do Ibama. Então se alguém quiser dizer que tudo isso que aconteceu não significou nada na taxa de desmatamento eu tenho uma discordância”.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
MINISTRA ACERTA OS PONTEIROS
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem (25) que o governo brasileiro é contrário à expansão do cultivo de cana-de-açúcar na região amazônica.
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