O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, propôs uma moratória para a plantação de qualquer cultura na Amazônia por cinco anos. Ele sugere que sejam paralisadas todas as atividades agrícolas, até mesmo os 20% que são autorizados por lei, com exceção do setor madeireiro de base, com plano de manejo florestal já aprovado. A sugestão do governador foi feita ontem durante o lançamento do Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.
Maggi ainda destacou que, apesar de ter sido chamado de "Nero da Amazônia", seu estado vai assinar o pacto. Ele defendeu que os estados compreendidos na região invistam na ampliação das estruturas de fiscalização. "Vamos arrumar tudo o que tem para arrumar e depois voltar a discutir a expansão de cultivos nessas áreas", afirmou.
O pacto tem como meta reduzir o desmatamento em 100% nos próximos sete anos de forma gradual. A queda seria de 25% nos dois primeiros anos até chegar 100% no fim do período. Para alcançar a meta, as nove organizações não-governamentais que propõe o pacto sugerem que anualmente sejam investidos R$ 1 bilhão. Esses recursos seriam destinados a um fundo de gestão e viriam do orçamento público e da iniciativa privada.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que há quatro anos as preocupações com a Amazônia eram básicas, "mas devido às mudanças implementadas pelo governo", foi possível chegar à elaboração do pacto. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, declarou apoio à iniciativa.
Um comentário:
Interessante é que não se fala no assunto alternativas de geração de emprego para a população vivente na amazõnia, que infalivelmente é indissociável do elemento preservacionista.
Os crimes estão grassando, furtos roubos, assassinatos, notavelmente envolvendo a juventude, os piás.
Ir. Aldrin Araújo
Postar um comentário