O assassino da missionária Doroty Stang, Rayfran das Neves, foi condenado a 27 anos de prisão. Nesta segunda-feira, dia 22, Rayfran foi julgado pela segunda vez. Ele teve direito a um segundo julgamento porque no primeiro, há dois anos, ele foi condenado há mais de 20 anos de prisão.
No primeiro julgamento, Rayfran disse que recebeu R$ 50 mil do fazendeiro Vitalmiro Bastos para matar Doroty Stang. Neste segundo julgamento ele negou essa versão e disse que foi ameaçado pela missionária (clique aqui).
O juiz da 2ª Vara Penal de Belém (PA) que presidiu o processo, Raimundo Moisés Alves Flexa, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 23, que Rayfran já apresentou 14 versões diferentes em 14 interrogatórios (aguarde o áudio).
"Rui Barbosa dizia que 'não pode um homem ser a um só tempo detentor da mentira e da verdade, sob pena do perecimento da criatura'... Ontem foi o décimo quarto interrogatório do Rayfran. E ontem ele fez uma nova versão. A cada interrogatório o Rayfran muda o seu depoimento", disse Raimundo Flexa.
Raimundo Flexa disse que a imprensa brasileira comete um erro ao chamar Doroty Stang de americana. Ela era naturalizada brasileira e, segundo Raimundo Flexa, tem que ser chamada de brasileira. Por isso, disse Raimundo Flexa, o fato de Doroty ter nascido nos Estados Unidos não influenciou no andamento do processo.
O juiz Raimundo Flexa disse também que teve que adiar o segundo julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos, acusado de ser o mandante do crime. A princípio o júri de Vitalmiro estava marcado para esta quarta-feira, dia 24. Mas Raimundo Flexa teve que adiar porque um dos advogados da defesa viajou e outro apresentou atestado médico. Ele disse que Vitalmiro deve ser julgado pela segunda vez em fevereiro ou março de 2008.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
JUIZ DIZ QUE ASSASSINO DE DOROTY APRESENTOU 14 VERSÕES DIFERENTES
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