quarta-feira, 24 de outubro de 2007

ENTREVISTA EXPLOSIVA AO PAULO HENRIQUE

Como é que você consegue criticar a mídia dentro da mídia?

Acho que tive a felicidade, a sorte de dar para televisão, porque é uma combinação não muito freqüente pessoas que fazem jornalismo escrito conseguirem fazer essa viagem pra televisão, e eu pude fazer isso. E com isso consegui não só construir uma espécie de marca Paulo Henrique Amorim, que transporto para uma série de atividades, como consegui uma certa tranqüilidade fi nanceira. Além do mais, por sorte do destino, passei seis anos e meio na Globo em Nova York e nesse período trabalhei praticamente todo domingo para o Fantástico, criando uma certa imagem, dentro da tradição da indústria da televisão, de um repórter de variedades, de assuntos gerais, então estou podendo reproduzir isso na Record no programa Domingo Espetacular, fazendo matérias que vão desde a máfi a russa que tomou conta do Corinthians, ao caso do Abadía, o narcotraficante, o perfil da Adriana Bombom... E consegui uma outra coisa, depois de muito esforço: não fazer jornalismo político. Se você faz jornalismo político em televisão, automaticamente fica algemado.

Por quê?

Porque não tem espaço, não tem liberdade, não tem autonomia, a televisão é um veículo muito controlado, tanto de fora quanto de dentro.(...)

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