terça-feira, 17 de março de 2020

VIDEO: Haitiano humilha Bolsonaro e dispara: você não é presidente mais



Imigrante disse ainda que ele está espalhando vírus e matando brasileiros
247 – Um imigrante haitiano lavou a alma de milhões de brasileiros, ao enquadrar diretamente Jair 
Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília. "Você não é presidente mais. Você está 
entendente, eu estou falando brasileiro. Você está espalhando vírus e matando brasileiros", disse ele. 
No domingo, Bolsonaro quebrou recomendação médica e foi a manifestação de caráter fascista, onde 
confraternizou com centenas de pessoas.
O haitiano que disse a Bolsonaro o que muitos brasileiros querem é um homem anônimo que
despontou numa noite peculiar em Brasília.
“Você não é presidente mais, precisa desistir”, afirmou diante do
próprio Bolsonaro, que estava cercado de seguranças.
Uma bolsonarista exclama: “Que isso, moço! Que isso!”
Ouve-se um burburinho de reprovação e a câmera que estava em Bolsonaro e no haitiano se dirige
para outro ponto da claque.
Aparece, então, um homem grisalho com vocabulário de pastor e diz a Bolsonaro um verso bíblico:
“Fizeste do Senhor o teu refúgio e a tua habitação. Portanto, praga nenhuma entrará na tua tenda.”
Em seguida, apresenta um colega, que quer fazer oração para Bolsonaro, que parece não entender ou 
finge não entender. Bolsonaro vai embora.
Num momento em que o mundo parece viver dias apocalípticos ou o roteiro de um filme de terror, a 
cena em Brasília pode ser esquecida rapidamente, como tantas outras.
Em 1994, quando era ministro da Fazenda, o ateu Fernando Henrique Cardoso ficou impressionado 
com o diálogo que teve com um anônimo.
A cena está descrita no livro A Real História do Real, de Maria Clara R. M. Do Prado, que foi 
colunista do jornal Valor:
No dia 8 de julho (1993), FHC viu-se confrontado com um episódio absolutamente inusitado. 
Quando chegou ao prédio da Fazenda, em Brasília, na entrada privativa, foi abordado por um 
indivíduo que dizia ser um enviado de Deus e insistia em falar-he pessoalmente. Não era a primeira 
vez que Fernando Henrique se deparava com aquela pessoa ali, na entrada do ministério, sempre 
repetindo que era um missionário e que precisava transmitir-lhe uma mensagem que recebera do 
além.
Intrigado, ao chegar à sua mesa de trabalho naquele dia, FHC mandou chamar o seu chefe de 
gabinete. Contou o que se passara e pediu que mandasse chamar o indivíduo e que conversasse com 
ele para saber o que, afinal de contas, ele queria.
O sujeito subiu até o quinto andar do prédio da Fazenda, onde ficava a sala do ministro, mas se 
recusou a falar com o chefe de gabinete. Queria conversar diretamente com Fernando Henrique, 
porque a mensagem que tinha de Deus era pessoal. Saindo disso, e ainda mais curioso, FHC resolveu 
receber aquela pessoa estranha na pequena sala contígua ao gabinete do ministro, onde na época 
ficava instalado o aparelho de TV.
— Ministro, o que tenho para lhe dizer é muito importante. Tive uma visão no Ceará com a 
mensagem de que o senhor está predestinado a salvar o Brasil, mas precisa mudar o nome da moeda 
— disse o homem.
— Como assim? — perguntou o ministro.
O enviado perguntou se FHC tinha algum dinheiro com ele e ouviu imediatamente uma resposta 
negativa.
— Eu não uso dinheiro — disse o ministro.
O visitante pegou então uma cédula ainda denominada de cruzeiro e mostrou-a a Fernando FHC, 
colocando-a contra a luz.
— Está vendo aqui por que não dá certo? O dinheiro está cheio de símbolos do demo — disse, 
apontando para algumas figuras que imitavam serpentes e que são naturalmente impressas nas 
cédulas para evitar falsificações.
— Além disso, o nome também é ruim, tem de tirar essa cruz que está no nome cruzeiro, isso não é 
bom — disse o mensageiro.
FHC estava olhando meio intrigado quando o indivíduo pegou de repente a sua mão, colocando-a 
sobre a nota do cruzeiro e fez ali mesmo uma reza para espantar as coisas ruins. Depois, sugeriu que 
se trocasse o nome da moeda para “trina”. FHC nunca soube que tipo de crença estava por trás do 
nome sugerido. Agradeceu a sugestão, e jamais esqueceu o episódio. Sabia que ainda era cedo para 
pensar seriamente em uma reforma monetária. A ideia estava em sua mente, mas não tinha ilusões, 
um novo programa de estabilização envolveria um processo muito demorado. Conhecia bem as 
opiniões de André e de Bacha a respeito do assunto.
Só um recuo no tempo permite puxar o fio da meada por onde passavam as propostas e as 
contrapropostas econômicas que acabaram levando o país ao Real (implantado no seguinte e que 
abriu caminho para a eleição de FHC).
Nunca se soube o nome desse mensageiro como talvez nunca se saiba o nome do haitiano que 
confrontou Bolsonaro.
FHC, de certa forma, fez o que o indivíduo anônimo que o esperava sempre na porta da Fazenda 
sugeriu. Mudou o nome da moeda de cruzeiro para real.
Bolsonaro deveria fazer o mesmo:
“Você não é presidente mais, precisa desistir”.
Confira o vídeo.

Enquanto Isso...Classe média de São Paulo prepara panelaço 
contra Bolsonaro no 18M

Pelas redes sociais, peças feitas especialmente para o aplicativo WhatsApp já circulam em 
grupos e avulsos, com a marcação de data e hora para um protesto conjunto: a quarta-feira 18, 
a partir das 20h30. Numa das convocatórias de maior circulação, com destaque para a 
exclamação ‘Basta!’, o título é ‘Vozes da janela contra Bolsonaro’
BR 2 Pontos - A classe média paulista está sendo convocada a gritar, das janelas de seus 
apartamentos e casas, a palavra de ordem “fora Bolsonaro”. Pelas redes sociais, peças feitas 
especialmente para o aplicativo WhatsApp já circulam em grupos e avulsos, com a marcação de data 
e hora para um protesto conjunto: a quarta-feira 18, a partir das 20h30. Numa das convocatórias de 
maior circulação, com destaque para a exclamação ‘Basta!’, o título é ‘Vozes da janela contra 
Bolsonaro’.
Ontem, em alguns prédios da região dos Jardins, zona nobre da capital paulistana, os primeiros gritos 
contra o presidente, saídos desse segmento social, já puderam ser ouvidos, ainda tímidos. Outro sinal 
de que esse pilar de sustentação de Bolsonaro pode estar sendo abalado é o fato de o tuíte com a cena 
completa de um haitiano, ontem à noite, na porta do Palácio da Alvorada, dizendo à frente do próprio 
Bolsonaro que “você não é mais presidente, pede para desistir, você espalhou o vírus”, estar 
‘bombando’. Trata-se da postagem mais comentada do dia, até aqui, na rede social.
A depender do volume de adesão e amplitude de iniciativas do tipo ‘Vozes da janela contra 
Bolsonaro’, o presidente pode ver agravados seus problemas de crescente isolamento político. Os ex-
presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff caíram, via Congresso, após panelaços surgidos nas 
janelas da classe média paulistana, que se espalharam pelo Brasil. Agora, o prometido ‘gritaço’ pode 
vitimar Bolsonaro.

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