terça-feira, 3 de março de 2020

MILITARES DIZEM QUE PADRINHO DE FLÁVIO BOLSONARO NUNCA FOI A LOCAL DE TRABALHO


Reportagem de Demétrio Vecchioli no UOL detalha, nesta terça-feira 3/III, a passagem de Marcelo
Magalhães Reis - padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro - pela Autoridade de Governança do
Legado Olímpico (AGLO). A situação, em resumo, é a seguinte:
- quando Jair Bolsonaro resolveu, em junho do ano passado, não renovar a existência da AGLO,
os militares que comandavam a Secretaria Especial do Esporte foram pegos de surpresa. Eles
apresentaram ao governo um plano par tocar o legado olímpico com 27 pessoas (eram 95 cargos na
AGLO);
- no entanto, o plano nunca foi posto em prática. Segundo o UOL, todos os nomes indicados foram
rejeitados para que Magalhães Reis fosse nomeado como diretor, em dezembro;
- Ele tomou posse em fevereiro, mas não há notícia de que tenha comparecido para trabalhar no
Parque Olímpico da Barra.
Na quinta-feira 25/II, mesmo assim, ele foi nomeado secretário especial do Esporte.
"O Marcelo é desconhecido por nós. Ele não foi em nenhum momento indicado por nós. Se
perguntar quem é o Marcelo (Magalhães), eu não faço a menor ideia. Eu simplesmente desconheço.
Nossa equipe estava pronta em agosto. Nós tínhamos uma responsabilidade enorme pelo legado, foi
um investimento de R$ 2 bilhões do governo federal, e não podíamos deixar aquilo ali sem estar bem
administrado. Perdemos essa queda de braço. Perdemos para quem? Não tenho essa resposta. Nossa
equipe não conseguiu nomear ninguém. O Marcelo pediu todos os cargos para ele. Nós com a
disciplina castrense, respeitamos", afirmou ao UOL o coronel Marco Aurélio Souto de Araújo,
ainda hoje o secretário adjunto da secretaria - como Magalhães ainda não tomou posse como
secretário, Araújo é quem comanda a pasta.

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