segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

TUDO INDICA QUE ARMARAM UMA ARAPUCA PARA O MILICIANO


O miliciano Adriano Nóbrega, morto na madrugada deste domingo 9/II, estava escondido no 
sítio do vereador Gilsinho da Dedé, do PSL, na zona rural de Esplanada (BA). Em entrevista 
ao portal G1, Gilsinho disse que se surpreendeu ao saber que o miliciano estava em seu sítio. 
Ele negou conhecer Adriano e disse que o terreno deve ter sido invadido. "Na realidade fui 
informado por um vizinho, me informando que estava tendo uma operação e perguntando se 
estava sabendo de alguma coisa, achando que era até assalto. Estou viajando e não tinha 
informação nenhuma, recebi apenas isso [inicialmente]", disse. "Nunca [conheci] na minha 
vida. Nunca!
POR FERNANDO BRITO
Quer dizer que o ex-capitão Adriano Nóbrega, foragido e se sentindo “jurado de morte”, casualmente 
invadiu justamente uma propriedade de um vereador do mesmo partido dos Bolsonaro – ou dos PSL 
ex-bolsonaristas – e lá foi encontrado por seus executores da PM baiana e da Polícia Civil do Rio de 
Janeiro?
É forte a possibilidade de que se tenha armado uma arapuca para o miliciano.
E são grandes os sinais, pela quantidade de sangue mostrado no vídeo da casa do vereador Gilson 
Batista Lima Neto, conhecido como Gilsinho da Dedé, que se tratou de uma execução, com vários 
tiros.
Está claro que Adriano foi parar no sítio do vereador porque alguém articulou sua ida do Ceará para 
lá.
Vai ficar tudo como uma “grande coincidência”?
Não é mais uma “rachadinha” de cargo comissionado.
É uma execução, uma queima de arquivo.
Governo de milícia não é mais uma metáfora.

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