O ex-ministro da Secretaria de Governo general Carlos Alberto dos Santos Cruz avalia que
Jair Bolsonaro não combate a corrupção e critica mudanças no Coaf e na PF. "São os
instrumentos (com) que você combate corrupção, controlando lavagem de dinheiro. Esses
mecanismos sofreram um pouco de desgaste", continua
247 - O ex-ministro da Secretaria de Governo general Carlos Alberto dos Santos Cruz avalia que Jair
247 - O ex-ministro da Secretaria de Governo general Carlos Alberto dos Santos Cruz avalia que Jair
Bolsonaro não combate a corrupção. "Eu não entraria em um partido hoje do presidente Bolsonaro
de jeito nenhum. Ele tem valores que não coincidem com os meus; ele tem atitudes que eu acho que
não têm cabimento", disse, em entrevista à BBC News Brasil.
"(O combate à) Corrupção, da maneira que estava estruturada no momento da eleição, você tinha
operação Lava Jato, na realidade a Polícia Federal, Ministério Público trabalhando nisso, você tinha
o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, hoje renomeado Unidade de Inteligência
Financeira). São os instrumentos (com) que você combate corrupção, controlando lavagem de
dinheiro. Esses mecanismos sofreram um pouco de desgaste", continua.
Segundo o ex-ministro, "o Coaf, quando foi para o Banco Central (por escolha do governo
Bolsonaro), muitos percebem que ele trocou de nome e reduziu atividade".
"A própria operação Lava Jato passou, passa por diversos desgastes também. A própria Polícia
"A própria operação Lava Jato passou, passa por diversos desgastes também. A própria Polícia
Federal, teve um período ali de muita pressão sobre o diretor para ser trocado ou não (em setembro,
o presidente disse que a PF precisava de uma "arejada" e que Moro podia trocar o diretor Maurício
Valeixo, o que não se concretizou). Essas coisas atrapalham", acrescenta.
"Agora, foi criada uma nova figura de juiz de garantia, tem que ver como é que vai ser. A prisão em
segundo instância (foi proibida pelo STF), tudo isso, todo esse conjunto de coisas trouxe um pouco
de sensação de que o combate à corrupção está se tornando cada dia mais difícil".
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