quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A luta de jornalistas italianos para salvar Assange


Mazzucco e Chiesa convidam os cidadãos italianos a copiarem a carta e enviá-la por e-mail ao 
ministro e ao presidente.
por Eliseu Leão
Os jornalistas italianos Massimo Mazzucco e Giulietto Chiesa tomaram a iniciativa de escrever
ao ministro das Relações Exteriores e ao Presidente da República da Itália, solicitando ao
governo de intervir junto ao governo britânico, para salvar Assange; mais de sessenta médicos
especialistas denunciaram o péssimo estado de saúde e o alto risco de vida dele e pediram para
examiná-lo. O governo inglês negou-lhes autorização.
Mazzucco e Chiesa convidam os cidadãos italianos a copiarem a carta e enviá-la por e-mail ao
ministro e ao presidente. Como as revelações de Assange foram e são importantes para todos
nós eu aceitei o convite e aproveito para pedir a todos os brasileiros (sobretudo aos de origem
italiana) de participarem dessa iniciativa.
A carta diz o seguinte:
Estamos certos que o Senhor não ignore em qual situação de perigo pela própria incolumidade
física e mental, encontra-se Julian Assange atualmente detido num cárcere britânico.
Não é cidadão italiano nem europeu. Mas tem o mérito de ter revelado ao mundo, isto é a todos
nós, e ao Senhor também, “de que lágrimas goteja e de que sangue” o bastão de comando de
quem há décadas, nos comanda.
Neste momento Assange corre o risco de ser entregue — em ultraje às normas e aos ditames da
Europa e da Declaração Universal dos direitos humanos — à tal “justiça” estadunidense. Ele
deveria, ao contrário, ser insignito das mais altas honorificências, inclusive daquelas italianas por
seus méritos profissionais, de jornalista e humanos.
Somos conscientes que dizer a verdade para aqueles que têm sobre os ombros o peso de um
cargo que comporta inevitáveis contradições, seja muito difícil e até mesmo perigoso.
Todavia nosso parecer é que existam limites, não só morais mas seguramente políticos, além
dos quais o silêncio passa a ser co-responsabilidade.
Pedimos portanto de encontrar um modo de fazer sentir a voz da Itália e do povo que o senhor
representa, para que Julian Assange não apenas não seja entregue ao governo dos Estados
Unidos, mas seja liberado o mais cedo possível à sua família e possa voltar, vivo, a contribuir à
liberdade de todos.
Site onde foi publicado a carta:
https://www.luogocomune.net/20-varie/5410-lettera-a-di-maio-su-julian-assange
———————-
Al Signor Ministro degli Esteri della Repubblica Italiana, Luigi Di Maio.E, per conoscenza, al
Presidente della Repubblica Italiana, Sergio Mattarella.
https://servizi.quirinale.it/webmail/
Siamo certi che lei non ignori in quale situazione di pericolo, per la propria incolumità fisica e
mentale, si trovi Julian Assange, attualmente in detenzione in un carcere britannico. Non è
cittadino italiano e neppure europeo. Ma ha il merito di avere rivelato al mondo, cioè a noi, e
anche a lei, “di che lacrime gronda e di che sangue” lo scettro di chi, ormai da decenni, ci
comanda. Ora Assange rischia di essere consegnato — in oltraggio alle norme e ai dettati
dell’Europa e della Dichiarazione Universale dei diritti umani — alla cosiddetta “giustizia”
statunitense. Egli dovrebbe, al contrario, essere insignito delle più alte onorificenze, anche di
quelle dello Stato italiano, per i suoi meriti professionali, di giornalista, e umani.
Siamo consapevoli che dire la verità, per persone che hanno sulle loro spalle il peso di una carica
che comporta inevitabili contraddizioni, sia molto difficile e perfino, spesso, pericoloso.Tuttavia
riteniamo che vi siano dei limiti, non solo morali ma sicuramente politici, oltre i quali il silenzio
diventa corresponsabilità.
Le chiediamo pertanto di trovare il modo di far sentire la voce dell’Italia, e del popolo che lei
rappresenta, perché Julian Assange non solo non sia estradato negli Stati Uniti, ma sia al più
presto liberato e restituito alla sua famiglia, e possa tornare, da vivo, a contribuire alla libertà di
tutti.
Con deferente saluto,
Nome
segreteria.ministro@cert.esteri.it

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