quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O show do lixo na CPMI das ‘Fake News’


JOICE: 10 DEPUTADOS DO PSL PARTICIPAM DE MILÍCIA DIGITAL BOLSONARISTA
No dossiê apresentado pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) na CPMI das Fake News 
nesta quarta-feira (4), dez parlamentares do grupo bolsonarista do PSL apareceram envolvidos na 
milícia digital comandada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo deputado Eduardo 
Bolsonaro (PSL-SP). Congressistas e integrantes de assembleias estaduais foram citados. Além de 
Eduardo Bolsonaro, foram listados: as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-
DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), Caroline De Toni (PSL-SC); os deputados federais Filipe Barros (PSL-
PR) e Daniel Silveira (PSL-RJ); a deputada estadual Ana Campagnolo (PSL-SC); os deputados 
estaduais Gil Diniz (PSL-SP) e Douglas Garcia (PSL-SP). Eduardo coordenaria os ataques que 
seriam disseminados pelos parlamentares, além de páginas, sites  e bots.
Entre os quadros, Gil Diniz teria um papel bastante importante nas redes. O gabinete praticamente 
completo do parlamentar seria usado para mobilizar ataques nas redes sociais. No levantamento de 
Joice, 10 assessores de Gil na ALESP estariam atuando durante seu horário de expediente, para 
divulgar memes ofensivos e boatos. Confira a íntegra da apresentação de Power Point aqui.
POR FERNANDO BRITO
Deprimente.
Não há qualquer outra palavra que defina melhor o que se está assistindo no depoimento da senhora 
Joice Hasselmann, na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito das “Fake News”.
Sim, houve “semirevelações graves”, como a história de uma “Abin paralela” e a insinuação de que 
Carlos Bolsonaro teria indicado o diretor da Agência Brasileira de Inteligência.
Mas o resto foi uma escatológica exposição do esgoto que foi levado ao Congresso pela eleição de 
Jair Bolsonaro.
Deputados gravando e reproduzindo diálogos privados, uns com os outros; Alexandre Frota dizendo 
que um ex-colega de PSL, sentava-se no seu colo, discussões sobre “Papa Pig”, para ficar no menos 
grosseiro.
Tudo isso acontece porque a CPMI tornou-se uma espécie de Kramer versus Kramer do 
bolsonarismo, agora cindido irremediavelmente entre o PSL e – uso a expressão do deputado citado
o “Lambança pelo Brasil”, virtual partido do presidente.
Está mais do que claro que esta é uma briga da qual não sai nada de positivo para o povo brasileiro, a 
não ser que este tipo de política é daninho para a formação de sua consciência.
Jair Bolsonaro diz que isso é só coisa de idiotas. Pois é com eles que ele procura desviar a atenção do 
que está fazendo com o país.

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