Jair de Bolsonaro (PSL) está prestes a realizar um dos negócios mais lucrativos da história
para as petroleiras estrangeiras: a venda dos blocos do pré-sal de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia,
na Bacia de Santos, região do litoral do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado para o país é de
R$ 1,3 trilhão – equivalente ao montante que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretendia
com sua proposta original de “reforma” da Previdência
NO MONITOR MERCANTIL
O leilão de campos do pré-sal da chamada Cessão Onerosa, programado para esta quarta-feira,
O leilão de campos do pré-sal da chamada Cessão Onerosa, programado para esta quarta-feira,
provocará uma perda de US$ 300 bilhões à União, calculam os ex-diretores da Petrobras Guilherme
Estrella e Ildo Sauer.
Em Nota Técnica escrita para o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, os
Em Nota Técnica escrita para o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, os
dois especialistas – Estrella comandou a área de Exploração e Produção no período que culminou
com a descoberta do pré-sal – estimam que em uma hipótese mais favorável a quem levar a
concessão, e mais danosa à União, as perdas podem ultrapassar os US$ 400 bilhões, mais de R$ 1,6
trilhão em 30 anos.
Os R$ 106 bilhões que o governo espera arrecadar com o megaleilão do pré-sal mal dão para cobrir
Os R$ 106 bilhões que o governo espera arrecadar com o megaleilão do pré-sal mal dão para cobrir
25% do pagamento de juros da dívida este ano, ou o déficit nas contas da União provocado pelo
baixo crescimento da economia. A única empresa nacional com porte para participar do leilão é a
Petrobras.
“Para o cenário mais provável, de volume máximo dos campos (15,2 bilhões de barris) e preço do
petróleo de US$ 60 por barril, a perda da União seria da ordem de US$ 300 bilhões ao longo dos 30
anos da operação dos campos, sendo que a maior parte destes recursos são gerados nos anos iniciais
do desenvolvimento da produção”, calculam Sauer e Estrella.
A alternativa, melhor financeiramente e economicamente para o país, seria a contratação direta da
A alternativa, melhor financeiramente e economicamente para o país, seria a contratação direta da
Petrobras, como permite a lei.
“Nenhum dos países detentores de grandes reservas, com potencial impacto na geopolítica do
petróleo, quando os recursos naturais pertencem ao Estado, como no Brasil, promovem leilões deste
tipo; ou exploram os recursos mediante empresa 100% estatal, ou outorgam contratos de prestação
de serviços, quando necessário, como os propostos aqui em contraposição ao leilão”, explicam no
estudo.
acrescentam que, diferentemente de outros leilões, essas áreas são ainda mais vantajosas porque as
petroleiras não precisarão investir para achar o petróleo, que já foi descoberto pela Petrobras.
“As multinacionais vão receber de graça todo o investimento feito por nós. É só extrair o petróleo.
“As multinacionais vão receber de graça todo o investimento feito por nós. É só extrair o petróleo.
Essa é a grande diferença dos demais leilões do pré-sal. Quem comprar sabe que ali tem petróleo”,
denuncia José Maria Rangel, coordenador-geral da FUP.
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