quarta-feira, 6 de novembro de 2019

MEGALEILÃO DO PRÉ-SAL, SONHO DOS GOLPISTAS, É UM FIASCO! BOM PARA O BRASIL !!!


Fiasco
por Fernando Brito, no Tijolaço

Não há outra palavra para definir o resultado do ‘megaleilão’ do pré-sal, encerrado agora há pouco.
Dos quatro blocos, apenas dois foram concedidos e pelo lance mínimo.
E, do ponto e vista do “mercado”, pior, com ofertas apenas da Petrobras, com uma mínima 
participação de duas empresas chinesas (10% do maior bloco, Búzios).
Outras duas áreas ficaram sem oferta.
Do R$ 106 bilhões que o governo esperava arrecadar, levou R$ 69,9 bi.
Em tese, porque fez um contrato com a Petrobras que obriga a pagar à estatal, ainda este ano, US$ 9 
bi, ou R$ 36 bilhões.
Mas o restante não vai todo para a União: pelo acordo feito com o Congresso, 15% vai para os 
Estados e o DF e outro tanto, igual, para os municípios, além de 3% que ficam para o Rio de Janeiro, 
estado confrontante com os campos.
Nenhuma empresa estrangeira, além da tímida participação das chinesas, quis participar.
Mas o fiasco é mais do que a desconfiança no Brasil de Jair Bolsonaro e esta é grande, de fato.
É também da estupidez que fizeram de abrir o leilão quase que ao mesmo tempo em que se anuncia o 
IPO da Aramco, estatal de petróleo da Arábia Saudita, a companhia mais rentável do mundo (US$ 
111 bilhões de lucro líquido em 2018, ou cerca de R$ 444 bilhões).
A Bolsa, que subia forte, caiu quase 2 mil pontos quando o maior dos campos, Búzios, não teve 
outras ofertas além da liderada pela Petrobras. O dólar pulou e chegou, de R$ 3,99, para R$ 4,08.
Vão se acalmar um pouco até o final do dia, mas não esperavam isso.
Muito menos o Governo, que esperava uma entrada de pelo menos US$ 10 bilhões em capital 
estrangeiro. Vai entrar US$ 1,5 bi, dos chineses.
E olhe lá.
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O leilão da chamada cessão onerosa do pré-sal, que os golpistas tentam levar adiante desde o 
impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, aconteceu nesta quarta-feira 6/XI e foi um 
fracasso retumbante. Das quatro áreas oferecidas, somente duas foram arrematadas. Duas não 
atraíram interessados.
A projeção do governo Bolsonaro era arrecadar R$ 106,5 bilhões. No entanto, esse valor chegou a 
apenas R$ 69,96 bilhões. A Petrobras teve grande protagonismo no leilão e levou os dois blocos em 
que já havia exercido o direito de preferência, garantido por lei. O bloco de Búzios, o maior de todos, 
foi arrematado em consórcio formado com as chinesas CNODC Brasil (5%) e CNOOC Petroleum 
(5%). Já o bloco de Itapu será 100% da Petrobras, que levou a área sozinha, sem sócios. Os blocos de Sépia e de Atapu não tiveram interessados.
O analista Artur Araújo havia previsto o fracasso do leilão no Giro das 11 da TV 247 na última 
segunda-feira (4): "Além da Petrobrás, só as estatais chinesas puseram dinheiro no leilão. A China 
tem poder real em suas relações comerciais com o Brasil e avalia que 'se garante'. As outras 
petroleiras estrangeiras refizeram suas análises de risco e comenta-se terem avaliado que há muita 
insegurança política e jurídica no Brasil de Bolsonaro para colocarem bilhões de dólares em um país 
instabilizado por seu próprio governo."
Os analistas do setor financeiro estavam perplexos no início da tarde: “Há frustração em relação ao 
leilão, com a Petrobras levando 90% do consórcio de Búzios”, disse Flavio Serrano, economista 
sênior do banco Haitong à Reuters. “Havia expectativa de maior participação de empresas 
estrangeiras.”
O leilão teve início com a venda do campo de Búzios, na Bacia de Santos, teve somente o consórcio 
integrado pela Petrobrás e pelas chinesas CNOOC e CNODC como interessado. A área foi adquirida 
sem ágio por um bônus de assinatura da ordem de R$ 68.194 bilhões. O campo de Búzios é 
considerado a área mais promissora do leilão do pré-sal.
O bloco de Itapu também teve uma única oferta, feita pela Petrobrás, A estatal pagou um bônus de 
assinatura de R$ 1,76 bilhão pela área. Os blocos de Sépia e Atapu não tiveram interessados.
Logo após resultado do leilão, que ficou abaixo do esperado pelo mercado, ações da Petrobrás na 
Bolsa entraram em queda. Às 11h49 da manhã desta quarta-feira (6), a ação ordinária recuava 
0,74%, a R$ 32,31 e a ação preferencial caiu 0,51%, sendo cotada a R$ 29,507. 
O dólar reverteu seu curso e avançava mais de 1% em relação ao real nesta quarta-feira, devido ao 
fracasso. Às 11:30, o dólar avançava 1,62%, a 4,0580 reais na venda. O dólar futuro operava em alta 
de 1,69%, a 4,068 reais.

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