quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Indígenas do Pará e Amapá denunciam hoje em Brasília invasões e assassinato de Paulino Guajajara


Com mais de 50 lideranças, a delegação permanece em Brasília durante a semana
Assessoria de Comunicação do Cimi
Lideranças dos povos indígenas Surui Aikewara, Akrãtikatêjê Gavião, Amanaye, Atikum, 
Guajajara, Guarani Mbya, Tembe, Parakana, Galibi Marworno, Palikur e Karipuna dos 
estados do Pará e Amapá realizam na manhã desta quinta-feira, 7, uma Marcha na 
Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional com o objetivo de denunciar as 
invasões nos territórios e o assassinato de um dos guardiões da floresta, Paulo Paulino 
Guajajara.
A concentração está prevista para as 17h (veja PS do Viomundo) na Biblioteca Nacional.
A delegação cobra agilidade do Estado na demarcação das terras indígenas em processo 
de regularização e desentrução nos territórios que se encontram tomados por invasores.
Exigem a garantia de acesso à saúde e educação, por compreenderem que são 
prioridades e precisam ser atendidas. E reafirmam seu posicionamento contra o marco 
temporal, por ser uma interpretação político-jurídica que restringe o alcance do direito dos 
povos indígenas à demarcação de suas terras tradicionais.
Entre as denúncias estão as invasões por parte de fazendeiros, madeireiros, grileiros e 
também, por parte de empreendimentos de infraestrutura, como é o caso da Usina 
Hidrelétrica de Marabá no rio Tocantins e do projeto “Ferrogrão” – ferrovia de 932km que 
liga Sinop (MT), até Mirituba (PA) destinada ao escoamento de grãos como soja e milho.
Em defesa de seus direitos tradicionais a delegação prevê manifestações e ações em 
diversos órgãos, em especial, no Ministério da Educação, na Fundação Nacional do Índio 
(Funai) e na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
PS do Viomundo: O horário previsto inicialmente era a concentração começar às 8h. 
Mudou para as 17h. Daí a alteração no texto.

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