segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Forças leais a Evo dão 48 horas para líder golpista deixar La Paz

Com rostos tapados, membros de grupos paramilitares que tentam tomar o poder prenderam a 
presidenta e o vice-presidente do TSE neste domingo (10)
Por Redação
Com a consumação do golpe na Bolívia neste domingo (10), depois das Forças Armadas e da 
Defensoria Pública mandarem Evo Morales renunciar à presidência, movimentos sociais que 
defendem o governo do ex-líder sindical boliviano estabeleceram um prazo de 48 horas para que o 
líder das extrema-direita Luis Fernando Camacho e demais golpistas se retirem de La Paz, capital do 
país.
O anúncio veio por parte da Federação de Juntas Vecinales de El Alto, espécie de comitê popular da 
cidade, que pede a saída do país dos golpistas. O grupo instrue, ainda, a formação de comitês de 
autodefesa, bloqueios e mobilização permanente, também convocando a polícia boliviana a 
fortalecer a luta popular. Caso os paramilitares não reajam aos pedidos da oposição, Bolívia pode ir à 
Guerra Civil.
Um dos comandantes do golpe de Estado promovido contra Evo Morales, Camacho invadiu o 
Palácio de Governo da Bolívia pouco antes de a renúncia do presidente Evo Morales munido de uma 
Bíblia e uma bandeira do país. O líder da oposição comandou a ala mais violenta das manifestações 
que resultaram na queda de Morales e tinha o apoio do Itamaraty, comandado pelo olavista Ernesto 
Araújo.
Pouco antes de Morales oficializar sua saída do posto, uma série de lideranças do MAS, partido 
oficialista, apresentaram renúncia. Governadores, deputados, senadores, ministros e a presidenta do 
Tribunal Supremo Eleitoral deixaram seus postos em meio ao avanço da violência dos golpistas, que 
queimaram casas e perseguiram parentes dos moralistas. Ainda, com rostos tapados, membros de 
grupos paramilitares prenderam a presidenta e o vice-presidente do TSE.
Confira o pronunciamento da Juntas Vecinales de El Alto:

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