quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Após reportagem do JN, procuradora do MP afirma que porteiro mentiu ao citar Bolsonaro


A procuradora Simone Sibilio disse que “todas as pessoas que prestam falso testemunho podem 
ser processadas” - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Pelo Twitter, Marcelo D2 ironizou a declaração: “Ele falou a primeira vez, depois afirmou na 
segunda vez... mas a polícia não acreditou. Vamos pra uma terceira vez no pau de arara com 
uma arma na cabeça pra vê se ele tem coragem de falar”.
Com a repercussão da reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, que mostra um suposto 
envolvimento da família Bolsonaro nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, a 
procuradora do Ministério Público (MP), Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no 
Combate ao Crime Organizado (GAECO), se apressou em dizer que o porteiro, pivô da denúncia, 
mentiu em depoimento à Polícia Civil.
Segundo Simone, quem autorizou a entrada de Élcio Queiroz no condomínio do presidente foi 
Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos que mataram Marielle e Anderson.
O músico Marcelo D2 usou o Twitter para ironizar a informação divulgada pela procuradora do MP:
“Ele falou a primeira vez, depois afirmou na segunda vez… mas a polícia não acreditou. Vamos pra 
uma terceira vez no pau de arara com uma arma na cabeça pra vê se ele tem coragem de falar”, 
postou.
Simone disse que a investigação teve acesso à planilha da portaria do condomínio e às gravações do 
interfone. Ela alegou que ficou comprovado que o porteiro usou o interfone para se comunicar com a 
casa 65 e que a entrada de Élcio foi autorizada por Ronnie Lessa.
A representante do MP afirmou, ainda, que o porteiro pode sofrer sanções. “Todas as pessoas que 
prestam falso testemunho podem ser processadas”.
O que disse a reportagem
A matéria do Jornal Nacional mostrou depoimento do porteiro do condomínio onde Bolsonaro mora 
no Rio. De acordo com ele, no dia do assassinato de Marielle Franco, o ex-policial militar Élcio 
Queiroz, suspeito de envolvimento na morte, anunciou na portaria do condomínio que iria à casa do 
então deputado federal.
Ainda conforme depoimento do porteiro à Polícia Civil, o suspeito pediu para ir à casa de Bolsonaro. 
Um homem com a voz do presidente teria atendido o interfone e autorizado a entrada. Contudo, o 
acusado teria ido em outra casa no condomínio.

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