sexta-feira, 25 de outubro de 2019

AGORA AO VIVO, O POVO TOMA AS RUAS DO CHILE


Esta sexta-feira 25/X marca mais um dia de intensa mobilização do povo chileno contra a fracassada 
política neoliberal do presidente Sebastián Piñera.
A sede do Congresso do Chile, em Valparaíso, foi esvaziada devido aos protestos.
Diversas regiões do país terão nesta sexta mais um toque de recolher, incluindo Valparaíso e a 
capital, Santiago.
Enquanto isso, reportagem de Marta Dillon, enviada pelo jornal argentino Pagina 12 a Santiago, 
relata como tem sido a repressão das forças de segurança contra as manifestações populares. Ela traz 
o relato de Constanza Schonhaut, colaboradora do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH):
"Há uma violação dos direitos humanos, todos os dias, isso não é algo apenas aparente, é o que 
acontece. É por isso que precisamos de colaboração internacional, precisamos de fortes declarações 
sobre o que está acontecendo em nosso país com esse estado de sítio", disparou.
Diz, ainda, a reportagem do Pagina 12:
"Detenção arbitrária, crianças menores de 16 anos em celas sem água, comida ou acesso para 
conversar com suas famílias, nudez forçada em detenções e outras formas mais graves de violência 
sexual - já existem oito queixas oficiais, mas muitas mais que não são registradas por medo de 
represálias -, tortura, uso excessivo de violência; mortes e desaparecimentos. A situação é muito 
séria".
A matéria ressalta, ainda, que uma "primeira porta de saída" para as manifestações seriam o fim da 
repressão policial, a volta dos militares aos quarteis e a convocação de uma assembleia constituinte 
que revogue a Constituição vigente, que se redigiu em plena ditadura militar.
Citado pelo jornal argentino, o diretor do INDH, Sergio Micco, expôs alguns dados alarmantes sobre 
a perseguição policial e judicial a manifestantes: 1512 detenções nas regiões (898 na região 
metropolitana) e 535 feridos (210 com ferimentos a bala).

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