O ex-presidente Lula manifestou preocupação com a paralisação das obras da Transposição do
Rio São Francisco. "A fome no Brasil é um projeto político. A sede também. Não há
justificativa para o descaso federal com a transposição do São Francisco, que eles até já
colocaram à venda. Não querem as águas correndo pelo sertão porque não querem o povo
produzindo e com autonomia. #RecadoDoLula", disse Lula
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação nesta terça-feira, 3, com a paralisação das obras do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, maior obra hídrica do país, está há cinco meses sem receber água, impactando diretamente 35 municípios paraibanos. "A fome no Brasil é um projeto político. A sede também. Não há justificativa para o descaso federal com a transposição do São Francisco, que eles até já colocaram à venda. Não querem as águas correndo pelo sertão porque não querem o povo produzindo e com autonomia. #RecadoDoLula", escreveu o perfil de Lula no Twitter.
A transposição do Rio São Francisco se dividiu em dois eixos: o Eixo Norte, com 400km, tem seu ponto da captação na cidade pernambucana de Cabrobó, no Sertão do estado, com destino aos rios Salgado e Jaguaribe e os reservatórios de Atalho e Castanhão no Ceará; ao Rio Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte, chegando aos reservatórios de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, ambos na Paraíba e Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Pau dos Ferros, além do Rio Apodi, no Rio Grande do Norte.
Já o Eixo Leste sai da Barragem de Itaparica, também no Sertão de Pernambuco e percorre 220km, onde alcança o Rio Paraíba, beneficiando os reservatórios do Poço da Cruz, em Pernambuco, e o Epitácio Pessoa (Boqueirão), na Paraíba. Além disso ramificações serão construídas em direção às bacias do rio Pajeú, do rio Moxotó e para a região Agreste de Pernambuco, por uma construção de 70 km que interligará o Eixo Leste à bacia do rio Ipojuca.
De acordo com a Controladoria Geral da União, hoje o projeto está orçado em R$ 10,7 bilhões, sendo o custo final estimado da obra de R$ 20 bilhões. Hoje, 96,4% das obras estão concluídas, sendo 94,96% no Eixo Norte e 100% no Eixo Leste, de acordo com o Ministério da Integração. O aumento de preço é justificado com a renegociação de contratos e gastos com novas licitações. Mesmo não concluída, a obra já vinha operando em grande parte das cidades.
"A obra foi abandonada e é preciso que o povo que é beneficiado, grite para o Brasil que não vamos permitir que essa obra se torne objeto de disputa política mesquinha por parte de quem nem sabe fazer política. Vamos dizer ao Brasil que é preciso respeitar o Nordeste” disse o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB)
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