segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Enfim MPF vai investigar ponte sobre o rio Jamanxim

Localizada nas proximidades da comunidade Jardim do Ouro, no distrito de Moraes de 
Almeida, a ponte foi filmada por jornalistas que sobrevoavam a área e virou notícia nacional 
essa semana.
Depois de várias denúncias e reportagens, enfim o Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a 
construção de uma ponte irregular sobre o rio Jamanxim. Eis a nota distribuída pela assessoria de 
imprensa do órgão:
O Ministério Público Federal (MPF) investiga as irregularidades na obra de uma ponte de mais de 
300 metros de comprimento sobre o rio Jamanxim, em Itaituba, no sudoeste do Pará. A região sofre 
intensa pressão de madeireiros, garimpeiros e grileiros de terras públicas e a ponte pode agravar 
esses problemas, além de prejudicar a navegação.
Localizada nas proximidades da comunidade Jardim do Ouro, no distrito de Moraes de Almeida, a 
ponte foi filmada por jornalistas que sobrevoavam a área e virou notícia nacional essa semana, mas 
já preocupava as autoridades.
Em reunião com o MPF no dia 9 de agosto, a Capitania dos Portos da Marinha do Brasil informou 
que a construção era irregular e que foi feita vistoria no local que constatou grave risco à 
navegabilidade do rio. A capitania informou também que o subprefeito do distrito de Moraes de 
Almeida, Valdecy de Araújo Martins, se apresentou como responsável pela ponte e disse que a obra 
foi feita com recursos doados por empresários locais, mas que esperava receber recursos da 
prefeitura de Itaituba.
O MPF também apurou que a ponte está sendo construída pela empresa MJ Rifel Ltda e não tem 
licenciamento do órgão competente, que seria a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do 
Pará (Semas). Em notícias publicadas na imprensa durante essa semana, o prefeito de Itaituba, 
Valmir Climaco deu declarações confirmando que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
concedeu licença para a obra.
Para concluir as investigações, o MPF enviou questionamentos às secretarias estadual e municipal de 
meio ambiente, à prefeitura de Itaituba, à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Instituto Nacional 
do Meio Ambiente (Ibama) e à construtora responsável. Além da ilegalidade da obra, o MPF 
investiga se há recursos públicos empregados na ponte.

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