quarta-feira, 4 de setembro de 2019

“É uma honra os americanos me atacarem”, diz Papa Francisco sobre conservadores dos Estados Unidos

A reação do papa aos críticos norte-americanos ocorreu durante um voo a Moçambique para 
uma viagem por três países da África subsaariana quando conversava com o jornalista francês 
Nicholas Senèze, autor de um novo livro intitulado “Como os Americanos Querem Mudar de 
Papa”
Reuters - O papa Francisco disse nesta quarta-feira que é “uma honra” ser criticado por 
conservadores da Igreja dos Estados Unidos e por aliados deles na mídia católica, que o criticam a 
respeito de questões que vão da teologia à mudança climática, e que até pediram sua renúncia.
A reação do papa aos críticos norte-americanos ocorreu durante um voo a Moçambique para uma 
viagem por três países da África subsaariana quando conversava com o jornalista francês Nicholas 
Senèze, autor de um novo livro intitulado “Como os Americanos Querem Mudar de Papa”.
No livre, Senèze descreve uma rede de analistas conservadores, agentes políticos, teólogos e 
membros do clero que repudiam Francisco, muitas vezes através de fundações e meios noticiosos 
católicos bem financiados.
“É uma honra os americanos me atacarem”, disse o pontífice quando indagado a respeito por Senèze.
O papa disse que ainda não leu o livro porque seus assessores não conseguiram encontrá-lo, mas 
insinuou que ouviu a seu respeito nos jornais italianos.
Depois que Francisco deixou a seção dos jornalistas no avião, o porta-voz do Vaticano, Matteo 
Bruni, voltou para emitir um comunicado na tentativa de esclarecer os comentários.
“O papa falava em um contexto informal no qual quis dizer que sempre considera críticas uma honra, 
particularmente quando vêm de pensadores renomados, neste caso, aqueles de uma nação 
importante”.
O guru espiritual de seus detratores é o cardeal norte-americano Raymond Leo Burke, que 
intensificou os ataques a Francisco depois que este o rebaixou de um cargo de alto escalão do 
Vaticano vários anos atrás.

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