as atividades do Conselho de Direitos Humanos da ONU,
informa que o governo Bolsonaro foi obrigado a retirar
projeto de resolução que pretendia condenar a
Venezuerla, por falta de votos.
247 - "O governo brasileiro foi obrigado a ceder e aceitou
rever sua proposta de resolução na ONU que criaria uma
comissão de inquérito internacional para investigar os crimes
cometidos por Nicolas Maduro", informa Jamil Chade em
seu blog.
O projeto de resolução do governo brasileiro contou com a
oposição de países europeus e diversos latino-americanos. O
Itamaraty foi obrigado a flexibilizar sua posição e aceitar
apenas o envio de uma missão com um perfil mais restrito.
O jornalista destaca ainda que o projeto de resolução tinha de
O jornalista destaca ainda que o projeto de resolução tinha de
fato a autoria dos Estados Unidos que usaram o Brasil como
instrumento da sua diplomacia.
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O governo brasileiro foi obrigado a ceder e aceitou rever sua
O governo brasileiro foi obrigado a ceder e aceitou rever sua
proposta de resolução na ONU que criaria uma comissão de
inquérito internacional para investigar os crimes cometidos por Nicolas Maduro.
Diante da oposição de países europeus e diversos latino-americanos, o Itamaraty teve de flexibilizar
sua posição e aceitar apenas o envio de uma missão com um perfil mais restrito, num gesto que foi
recebido pelos demais governos como um sinal dos limites da posição da diplomacia brasileira.
A votação ocorre em Genebra no final da semana no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas a
iniciativa será alvo de intensas negociações durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
A delegação brasileira, conforme o blog revelou, recebeu uma orientação do governo americano para
apresentar a resolução e o texto acabou se transformando em uma iniciativa do Grupo de Lima. Em
Nova Iorque, a delegação brasileira ainda será composta por membros da oposição venezuelana. Mas
o projeto do Departamento de Estado, usando o Itamaraty, ameaçou não ser aprovado e a resolução
acabou sendo modificada.
O texto original previa a criação de uma comissão de inquérito, algo que colocaria a situação da
Venezuela no mesmo patamar de Síria, Mianmar, Coreia do Norte e Sudão. Além de investigar os
crimes, o Brasil queria que a comissão também designasse os autores das violações, abrindo a
possibilidade para que fossem levados a tribunais internacionais. Dentro de um projeto americano
mais amplo, essa iniciativa ajudaria a colocar pressão sobre Maduro.
Mas a proposta não era bem-vista nem pela ONU e nem por diversos governos democráticos, como
Mas a proposta não era bem-vista nem pela ONU e nem por diversos governos democráticos, como
Espanha e mesmo a Itália. O argumento da oposição ao texto era de que, ao criar a comissão,
Maduro poderia romper definitivamente com a ONU, justamente no momento em que a entidade
conseguiu abrir um escritório em Caracas para monitorar as violações de direitos humanos.
O temor da cúpula da Europa é de que, com um rompimento, seu escritório seja fechado, impedindo
o acompanhamento dos casos. Maduro, ao mesmo tempo, não permitiria a entrada da comissão de
inquérito e o resultado seria a incapacidade da comunidade internacional de saber o que ocorre
dentro da Venezuela
Entre os europeus, outra preocupação tem relação com o impacto que tal comissão poderia gerar nos
esforços de mediação entre a oposição venezuelana e o regime de Maduro. Nos últimos meses, o
governo da Noruega passou a organizar esse diálogo, ainda que sem êxito por enquanto. Com a
criação de uma comissão de inquérito que denuncie Maduro por crimes, a Europa acredita que esse
esforço de encontrar uma solução política teria de ser abandonado.
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