Quando uma frente exorbita, há paradas estratégicas, mas os avanços continuam em outras
frentes, testando as resistências.
Por Luis Nassif
O primeiro passo é deixar de lado ilusões sobre o comportamento político dos Bolsonaro: eles
buscam o estado de exceção sim, e todos seus movimentos são de preparativos para o fechamento
democrático.
Há método na estratégia, embora sob protagonismo de um personagem tosco. A ocupação de terreno
Há método na estratégia, embora sob protagonismo de um personagem tosco. A ocupação de terreno
se dá em todas as frentes. Aparelhou o IBAMA, a Funai, enquadrou a Procuradoria Geral da
República, segurou as investigações contra o filho, prepara-se para controlar as agências, está
aparelhando as universidades públicas, impondo censura a eventos, atacando pelas redes sociais os
adversários, ameaçando jornalistas. Quando uma frente exorbita, há paradas estratégicas, mas os
avanços continuam em outras frentes, testando as resistências.
Daí a importância dos gestos de resistência.
É nesse contexto que se insere a iniciativa da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia de
Daí a importância dos gestos de resistência.
É nesse contexto que se insere a iniciativa da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia de
um evento na Universidade Federal Fluminense (UFF), o #MoroMente. Veio o veto do Ministério da
Educação. O reitor Antônio Claudio aceitou a censura. O diretor da faculdade, Wilson Madeira
Filho, resistiu, E o juiz José Carlos da Silva Garcia, deferiu a liminar, autorizando o ato, com base
em posição expressa do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a censura e a favor da autonomia
universitária.
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