terça-feira, 24 de setembro de 2019

A censura é derrotada no ato #MoroMente


Quando uma frente exorbita, há paradas estratégicas, mas os avanços continuam em outras 
frentes, testando as resistências. 
O primeiro passo é deixar de lado ilusões sobre o comportamento político dos Bolsonaro: eles 
buscam o estado de exceção sim, e todos seus movimentos são de preparativos para o fechamento 
democrático.
Há método na estratégia, embora sob protagonismo de um personagem tosco. A ocupação de terreno 
se dá em todas as frentes. Aparelhou o IBAMA, a Funai, enquadrou a Procuradoria Geral da 
República, segurou as investigações contra o filho, prepara-se para controlar as agências, está 
aparelhando as universidades públicas, impondo censura a eventos, atacando pelas redes sociais os 
adversários, ameaçando jornalistas. Quando uma frente exorbita, há paradas estratégicas, mas os 
avanços continuam em outras frentes, testando as resistências.
Daí a importância dos gestos de resistência.
É nesse contexto que se insere a iniciativa da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia de 
um evento na Universidade Federal Fluminense (UFF), o #MoroMente. Veio o veto do Ministério da 
Educação. O reitor Antônio Claudio aceitou a censura. O diretor da faculdade, Wilson Madeira 
Filho, resistiu, E o juiz José Carlos da Silva Garcia, deferiu a liminar, autorizando o ato, com base 
em posição expressa do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a censura e a favor da autonomia 
universitária.
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