segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Governo foi avisado do "Dia do Fogo" dos fazendeiros pró-Bolsonaro do Pará; e nada fez

O governo Bolsonaro foi informado oficialmente em 7 de agosto, três dias antes do "Dia do 
Fogo" articulado por fazendeiros bolsonaristas do Pará, que os incêndios iriam começar. E 
nada fez. O Ministério Público Federal (MPF) do Pará enviou um ofício ao Ibama, órgão do 
Ministério do Meio Ambiente, alertando para o ato criminoso, sem qualquer reação do 
governo. A Força Nacional de Segurança, subordinada a Moro, também foi alertada, mas nada 
fez. Em sua entrevista à TV 247, o ex-presidente Lula acusou os fazendeiros bolsonaristas de 
responsáveis por incêndios que devastam a floresta amazônica há pelo menos duas semanas, o 
que agora está confirmado.
247 - O governo Bolsonaro foi informado oficialmente em 7 de agosto, três dias antes do "Dia do 
Fogo" articulado por fazendeiros bolsonaristas do Pará, que os incêndios iriam começar. E nada fez. 
O Ministério Público Federal (MPF) do Pará enviou um ofício ao Ibama, órgão do Ministério do 
Meio Ambiente, alertando para o ato criminoso, sem qualquer reação do governo. A Força Nacional 
de Segurança, subordinada a Moro, também foi alertada, mas nada fez. Em sua entrevista à TV 247 
da última quinta-feira (22), o ex-presidente Lula acusou os fazendeiros bolsonaristas de responsáveis 
por incêndios que devastam a floresta amazônica há pelo menos duas semanas, o que agora está 
confirmado.
A informação sobre o aviso ao governo Bolsonaro é de Carla Aranha, jornalista da revista Globo 
Rural, publicada na noite deste domingo (25). Segundo a jornalista, "o documento do Ministério 
Público que alertou o governo sobre o dia do fogo, ao qual a revista Globo Rural teve acesso, 
também cobrava um plano de contingência do Ibama em caso de 'confirmação do referido evento'. O 
plano de realizar as queimadas, agendado para o dia 10, foi divulgado pelo jornal Folha do 
Progresso, de Novo Progresso".
Mas nada foi feito. A resposta do Ibama, órgão vinculado ao ministro do Meio Ambiente, Ricado 
Salles, defensor da devastação da Amazônia, acontecu apenas cinco dias depois, no dia 12, quando o 
fogo já havia sido ateado à floresta. A resposta do Ibama ao MPF, afirmava que "a Coordenação de 
Operações de Fiscalização e o Núcleo de Inteligência da Superintendência do Pará haviam sido 
comunicadas sobre a iminência dos incidentes e ressalta que devido aos diversos ataques sofridos e à 
ausência do apoio da Polícia Militar do Pará” as ações de fiscalização estavam prejudicadas por 
“envolverem riscos relacionados à segurança das equipes em campo”. Ou seja, nada foi feito.
O Ibama afirmou no mesmo documento que já haviam sido “expedidos ofícios solicitando o apoio da 
Força Nacional de Segurança”. No entanto, segundo o próprio Ibama, não houve resposta ao pedido.
Nem Ricardo Salles nem Moro adotaram qualquer ação contra os incêndios.

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