Seis subsecretários do órgão ameaçam entregar seus cargos em efeito cascata, com outros
chefes da alta administração. O motivo: assim como na PF, Jair Bolsonaro ameaça fazer
indicações políticas em postos-chave para favorecer sua família. Chefe da Receita no Rio, que
se recusou a nomear indicado, tem cargo ameaçado.
247 - A postura antidemocrática de Jair Bolsonaro nas instituições e órgãos do País tem gerado crises
247 - A postura antidemocrática de Jair Bolsonaro nas instituições e órgãos do País tem gerado crises
e ameaças de demissões coletivas. Depois da Polícia Federal, corporação que o presidente assegurou
ser 'ele quem manda' e anunciou uma troca na superintendência no Rio de Janeiro, é a vez de uma
crise na Receita Federal.
Seis subsecretários do órgão ameaçam entregar seus cargos, possivelmente em efeito cascata, junto a
Seis subsecretários do órgão ameaçam entregar seus cargos, possivelmente em efeito cascata, junto a
outros chefes da alta administração, segundo reportagem do Estado de S.Paulo. O motivo: ameaça de
interferência de Bolsonaro, que quer fazer indicações políticas no Rio de Janeiro e em outros postos-
chave.
A crise se agravou com o recente episódio envolvendo o secretário especial da Receita, Marcos
Cintra - que pode deixar o cargo. Cintra pediu ao superintendente no Rio, Mário Dehon, a troca de
delegados chefes de duas unidades no Estado – a Delegacia da Alfândega da Receita Federal no
Porto de Itaguaí e da Delegacia da Receita Federal no Rio de Janeiro II, na Barra da Tijuca. O pedido
teria partido de familiares de Bolsonaro.
"A Delegacia da Alfândega da Receita Federal no Porto de Itaguaí é estratégica no combate a ilícitos
praticados por milícias e pelo narcotráfico em operações no porto, que incluem contrabandeado,
pirataria e subvaloração de produtos", lembra a reportagem do Estado. Dehon, que se recusou a
nomear o indicado do Planalto, está agora com o cargo ameaçado.
“Independentemente de quem tenha feito ou qual seja o ‘pedido’, tentativas como essa de
interferência política no órgão são absolutamente intoleráveis, típicas de quem não sabe discernir a
relevância de um órgão de Estado como a Receita Federal”, reagiu o Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) na noite desta sexta-feira 16. “A possível
exoneração de um superintendente por tal razão é algo jamais visto”, acrescentou a entidade.
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