quarta-feira, 3 de julho de 2019

ARMAS = DINHEIRO = MORTE


POR FERNANDO BRITO
Ontem, na Câmara, o deputado Ivan Valente, do PSOL, cobrou de Sérgio Moro explicações sobre a 
presença de lobistas das fábricas de armas no seu e em outros gabinetes.
Moro disse que não recebeu ninguém do setor.
A Época teve acesso à lista de Valente e confirmou: representantes de empresas de armas foram 
recebidos na Casa Civil, no Ministério da Justiça e no Ministério da Defesa 29 vezes nos cinco 
primeiros meses do governo Bolsonaro — em média uma vez a cada cinco dias.
A lista inclui lobistas e presidentes de grandes companhias de armas: Salesio Nuhs, presidente da 
Taurus; Hugo de Paula, representante da empresa tcheca CZ; Franco Giaffone, presidente da 
Glock; Rafael Mendes de Queiroz, da controladora da Taurus; Augusto de Jesus Delgado Jr, sócio-
administrador da DelFire Arms; e Misael Antônio de Sousa, lobista de empresas de armas.
Os seis foram recebidos 29 vezes nas três pastas, a uma média de uma visita a cada cinco dias.
Foram 14 vezes no Ministério da Defesa, dez no Ministério da Justiça, e cinco na Casa Civil .
Não há informações a quais gabinetes eles foram.
Os registros de entrada e saída nos três ministérios foram solicitados pelo líder do PSOL na Câmara, 
deputado Ivan Valente, de São Paulo, em maio. As respostas foram dadas em junho.
O campeão é Rafael Mendes de Queiroz, da CBC, controladora da Taurus.
Queiroz foi 19 vezes aos três órgãos de janeiro a maio — sete à Defesa, seis ao Ministério da Justiça, 
e quatro à Casa Civil, no Palácio do Planalto.
O lobista Misael Antônio de Sousa teve cinco entradas registradas, sendo quatro na Defesa.
Augusto de Jesus, que administra a DelFire Arms, foi às pastas quatro vezes.
Salesio Nuhs, presidente da Taurus; Hugo de Paula, representante da tcheca CZ; e Franco Giaffone, 
presidente da Glock, foram uma vez cada aos ministérios.
Arminha dá uma graninha.

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