Em sua coluna no jornal O Globo, Merval Pereira afirma que "a divulgação de diálogos,
escritos e falados, atribuídos aos procuradores da Lava Jato, entre si e com o então juiz Sérgio
Moro, não revelou nenhuma ação que distorcesse a investigação, que forjasse provas
inexistentes, que indicasse conluio contra qualquer investigado da Operação Lava Jato, muito
menos o ex-presidente Lula, o objetivo evidente da operação de invasão de celulares."
247 - Um dia depois da revelação de que a Lava Jato quis comprar um comercial na Globo com
dinheiro da Justiça, o Grupo Globo escalou seu cão de guarda para relativizar a matéria do jornal
Folha de S. Paulo que revela o procurador Deltan Dallagnol tentanto enriquecer ilicitamente. O
jornalista Merval Pereira afirmou que as informações confirmadas em mensagens trocadas pelo
aplicativo Telegram são uma questão de "interpretação".
Em sua coluna no jornal O Globo, Merval Pereira afirma que "a divulgação de diálogos, escritos e
falados, atribuídos aos procuradores da Lava Jato, entre si e com o então juiz Sérgio Moro, não
revelou nenhuma ação que distorcesse a investigação, que forjasse provas inexistentes, que indicasse
conluio contra qualquer investigado da Operação Lava Jato, muito menos o ex-presidente Lula, o
objetivo evidente da operação de invasão de celulares."
O jornalista defende a tese de que tudo não passa de interpretação: "estamos até o momento no
terreno da interpretação das leis. Assim como o site Intercept Brasil, que divulga o material, tem lado
evidente, vendo ilegalidade em todas as conversas entre os personagens, há inúmeros juristas e
advogados que entendem ao contrário."
Merval ainda chama de "sinergia" as relações promíscuas entre Moro e Dallagnol, como se tudo
estivesse dentro da mais perfeita normalidade, tese já rechaçada pela maioria esmagadora dos juristas
brasileiros, bem como os órgãos de controle, que pedem investigação de Dallagnol: "a busca da
sinergia entre as diversas corporações que trabalham em conjunto – Ministério Público, Polícia
Federal, Receita Federal – é o que dá sentido às forças-tarefa. As etapas das operações tinham que
ser autorizadas por Moro, como questões logísticas e exigências legais, como formalização de atos."
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