quinta-feira, 25 de julho de 2019

GLENN DESMASCARA A GLOBO: JOÃO ROBERTO MARINHO APROVOU PESSOALMENTE USO DE DOCUMENTOS ROUBADOS POR SNOWDEN

Admitindo que o material que está sendo vazado pode ter tido origem em ação ilegal, o jornalista 
Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, disse que nada mudou desde a prisão de hackers supostamente 
responsáveis por obter o conteúdo.
Os hackers, que bolsonaristas sustentaram ter origem russa, estavam em Ribeirão Preto e Araraquara, 
no interior de São Paulo.
De acordo com a repórter Mônica Bérgamo, ainda não está claro como tudo se passou: “Hackers: um 
advogado diz q o cliente (Gustavo) ouviu dizer que outro hacker (Walter) queria vender informações 
para o PT; já (Walter) teria dito que deu acesso às mensagens ao jornalista Glenn Greenwald; o 
advogado de (Walter) diz que ele tem problemas psiquiátricos”.
O humorista José Simão brincou: Hacker in Rio! Um hacker é DJ e outro é ex-Uber! “Seu hacker 
chegará em 2 minutos”.
O sociólogo Sergio Amadeu, especialista em cibercultura, comentou: “Hacker de Araraquara é DJ e 
não usa proxy. Equivale a um jogador de futebol sem chuteira… Armação de quinta categoria”.
O Sensacionalista foi direto ao ponto: PF prende hacker de mensagens que Moro não mandou. Pode 
rir, a piada é essa.
Tuiteiros notaram com curiosidade que um dos presos teria deixado o produto do hackeamento muito 
bem organizado, na tela de um Windows 10 mequetrefe, de acordo com fotografia divulgada pela 
Polícia Federal.
Greenwald prometeu novos vazamentos a qualquer momento e usou sua conta no tweeterpara 
zombar da TV Globo, que tem usado um tom moralista para defender Sérgio Moro e tratar o caso 
como de segurança nacional — diferentemente do que fez quando pôs no ar, por exemplo, uma 
conversa telefônica ilegalmente obtida pela Lava Jato entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-
presidente Lula.
As mensagens de Glenn (aqui, sem a reprodução de todas as imagens):
Quando moralizando sobre #VazaJato, algumas estrelas da Globo esquecem de mencionar que eles constantemente reportam documentos roubados — não só com a Lava Jato mas tb em 2013, quando o  @JornalOGlobo, o @RevistaEpoca e o @ShowDavid usaram os documentos roubados de Snowden.
Vamos lembrar:
O uso de documentos roubados pela Globo para reportar começou com a @JornalOGlobo, que colocou 2 vezes em sua primeira página reportagem comigo baseado exclusivamente em documentos que eles sabiam terem sido roubados da NSA. Eu não ouvi ninguém na Globo se opor a fazer isso.
Muito pelo contrário: @JornalOGlobo ficou muito orgulhoso de todos os prêmios que ganhamos juntos por usar documentos roubados para informar o público — incluindo um Prêmio Esso.
Veja como a Globo está orgulhosa pelos prêmios de jornalismo que vencemos com documentos roubados:

Aqui está o @JornalOGlobo orgulhosamente anunciando aos seus leitores que, em conjunto comigo, os seus repórteres 
ganharam um Prêmio Esso por se reportarem exclusivamente com base em documentos que sabiam terem sido roubados pela 
nossa fonte [segue link].
Então, temos @RevistaEpoca, que pelo menos publicou 2 artigos comigo sobre a NSA baseada exclusivamente em 
documentos que eles sabiam que haviam sido roubados por nossa fonte, que foi acusada de crimes pelo governo dos EUA. 
Eles usaram para vender revistas colocando-as na capa.
Finalmente temos @RedeGlobo e @ShowDavid. Pelo menos 5 vezes, eles reportarem grandes reportagens — em parceria 
comigo — usando documentos que sabiam terem sido roubados pela nossa fonte para expor como a NSA estava espionando 
o Brasil (JN citou sempre).
Petrobras foi espionada pelos EUA, apontam documentos da NSA
Os principais chefes da @RedeGlobo — incluindo João Roberto Marinho e Ali Kamel — estiveram pessoalmente envolvidos.
Eles estavam gratos pela oportunidade de usar esses documentos roubados.
Ninguém da Globo chegou a sugerir que era errado usar documentos roubados para reportar.
Na verdade, a @RedeGlobo ficou tão orgulhosa que dedicaram uma hora inteira à noite para uma entrevista com a fonte que 
roubou os documentos, Edward Snowden, de Moscou, para explicar por que os documentos roubados são necessários para o 
jornalismo.
MILÊNIO, Sonia Bridi entrevista Edward Snowden
Em 2013, a Globo fez exatamente a coisa certa: trabalhando em parceria conosco (como a Folha e a Veja estão fazendo 
agora), eles usaram documentos que sabiam terem sido roubados para informar o público.
Isso é chamado de “jornalismo”. Eles — e nós — temos muitos prêmios por isso.

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