terça-feira, 16 de julho de 2019

Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido coagido pelo MP a construir relato no caso do sítio de Atibaia


Mais uma denúncia bombástica atinge a Lava Jato. Em depoimento ao Tribunal de Justiça de 
São Paulo, o executivo Carlos Armando Paschoal diz ter sido coagido pelo Ministério Público a 
construir um relato sobre o sítio de Atibaia (SP), que rendeu a segunda condenação ao ex-
presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado no 
Brasil
247 – O ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São
Paulo que foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que
"construir um relato" no caso do sítio de Atibaia, aponta reportagem do jornalista Nathan Lopes, no
Uol. O caso do sítio rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido
como preso político desde abril do ano passado.
Paschoal prestou depoimento no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) no último dia 3 de julho
como testemunha. "No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase
que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o
dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato", disse ele. Ao explicar o que seria
"construir um relato", Paschoal disse que seria apontar algo como "olha, aconteceu isso, isso, isso e
isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras". Paschoal não explicou exatamente como teria
sido a coação do MP nem deu mais detalhes sobre se o que teria sido "construído" em seu
depoimento.

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