segunda-feira, 1 de julho de 2019

Correspondente internacional é alvo de xenofobia no dia da micareta fascista em São Paulo e MBL denuncia agressão

"Depois de anos de Brasil, hoje pela primeira vez alguém me destratou em São Paulo por ser 
estrangeira. No final, a pessoa me gritou que voltasse para meu país. Não é agradável, assim 
que fico muito feliz de ver que é a exceção, não a regra", escreveu a jornalista Paula Ramón, 
da agência AFP
"Queria apenas agradecer tantos mensagens e o apoio, estou muito comovida. Eu sinto muito carinho 
pelo Brasil e sou muito agradecida pelo bem que o país tem me recebido", continuou.
"Fiz o desabafo porque estava com meu irmão, que veio de visita, e ele me disse que isso acontecia 
com frequência com ele que também mora fora da Venezuela, e que por isso ele achava normal. Suas 
mensagens me ajudaram a mostrar para ele que as pessoas sim se importam.
MBL denuncia agressão em ato de SP: 
‘Repudiamos essa violência’
O perfil oficial do Movimento Brasil Livre (MBL) compartilhou algumas postagens nas redes sociais 
neste domingo (30) em que denunciou uma agressão sofrida por alguns de seus integrantes durante a 
manifestação pró-Lava Jato realizada na Avenida Paulista, em São Paulo. De acordo com a página, 
alguns participantes “agrediram ativistas do movimento no meio de famílias e crianças”. Eles seriam 
do grupo Direita São Paulo.
“Sempre fizemos manifestações pacíficas nesses quase 5 anos de existência. Infelizmente hoje um 
grupo chegou em frente ao caminhão do MBL agredindo ativistas do movimento no meio de famílias 
e crianças. Repudiamos totalmente essa violência”, diz o post.
“Essa turma vai tentar se vitimizar, mas não a toa eles que foram detidos pela PM e vaiados pelo 
público presente. Parabéns à PM pelo trabalho. Já temos imagens e vamos enviar tudo para as 
autoridades. Alguns destes agressores foram identificados como assessores do PSL em SP”, afirma 
outro.
Em um terceiro tuíte, o MBL parabeniza a Polícia Militar, responsável, segundo eles, por deter os 
agressores em questão.
Sempre fizemos manifestações pacíficas nesses quase 5 anos de existência no movimento. Infelizmente hoje um grupo chegou em frente ao caminhão do MBL agredindo ativistas do movimento no meio de famílias e crianças. Repudiamos totalmente essa violência.
2.454 pessoas estão falando sobre isso
A comentarista da Jovem Pan Vera Magalhães já havia adiantado a notícia. De acordo com ela, o 
movimento tem sofrido críticas de outros grupos de direita desde que resolveu não aderir às 
manifestações do último dia 26.
“Isso mostra que há uma cizânia na direita. O MBL passou a ser considerado ‘traidor’ por ter sido 
crítico à ideia de usar as manifestações como pressão sobre o Congresso. O MBL disse que isso era 
autoritário e não endossava. Agora que a pauta é mais voltada à Lava Jato, ao Moro e à reforma da 
Previdência, o movimento aderiu. Talvez por ter sentido que ficou fragilizado por ficar de fora da 
outra vez”, analisou.

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