Como Luís Roberto Barroso blindou a Castelo de Areia
Nos últimos tempos, o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, tornou-se o principal defensor
do obscurantismo penal. Defendeu os atos extralegais da Lava Jato, sustentando a tese de que o
combate à corrupção justificaria o atropelo do Estado do Direito.
Um dos maiores escândalos do sistema judicial foi a anulação da Operação Castelo de Areia, do
grupo Camargo Correia. O argumento invocado foi o de que as interceptações telefônicas haviam
sido autorizadas unicamente com base em uma denúncia anônima.
O caso foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a operação interrompida por uma decisão do
Ministro César Ásfora. Depois, foi confirmada pelo plenário. Um dia, ainda virão à tona os
verdadeiros argumentos invocados pelo advogado da Camargo, ex-Ministro Márcio Thomas Bastos,
provavelmente a partir das delações dos seus executivos.
A Procuradoria Geral da República (PGR) apelou para o STF mostrando que o juiz Fausto de Sanctis
A Procuradoria Geral da República (PGR) apelou para o STF mostrando que o juiz Fausto de Sanctis
tinha autorizado a escuta com base, também, em investigações prévias da Polícia Federal.
O caso foi parar com o Ministro Barroso. E nosso intimorato linha-dura guardou na gaveta durante
O caso foi parar com o Ministro Barroso. E nosso intimorato linha-dura guardou na gaveta durante
todo o ano de 2014.
À medida em que a Lava Jato ia avançando, apareciam os mesmos personagens da Castelo de Areia,
À medida em que a Lava Jato ia avançando, apareciam os mesmos personagens da Castelo de Areia,
como o presidente da Transpetro Sérgio Machado e uma enorme relação de projetos, que batia com
aqueles identificados nos arquivos de Alberto Yousseff.
Três procuradores da República foram à Suíça levantar mais dados. Voltaram com informações,
Três procuradores da República foram à Suíça levantar mais dados. Voltaram com informações,
pressionando Barroso e se pronunciar sobre o recurso extraordinário.
No dia 18 de fevereiro de 2015, o Ministro Barroso, aquele que admite a quebra da legalidade em
No dia 18 de fevereiro de 2015, o Ministro Barroso, aquele que admite a quebra da legalidade em
nome do combate à corrupção, entendeu que “tanto a inicial quebra do sigilo dos dados telefônicos
do recorrido quanto as demais interceptações telefônicas autorizadas pelo juízo de origem tiveram
como único ponto de partida delação anônima”.
No dia 31 de março último, durante o Seminário “Diálogo entre Cortes: fortalecimento da proteção
dos direitos humanos”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, o honrado Barroso
apregoou (https://goo.gl/s8p4AH).
“É impossível não sentir vergonha pelo que está acontecendo no Brasil e não podemos desperdiçar a
chance de fazer com que o futuro seja diferente. Nós nos perdemos pelo caminho e precisamos
encontrar um caminho que nos honre como projeto de País e nação”.
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