quarta-feira, 31 de julho de 2019

Banqueiro do Itaú, que lucrou R$ 25 bi e com perdão de dívida, passa pano nas declarações criminosas de Bolsonaro


PS: E Olha que esses pilantras de banqueiros se deram muito bem nos governos Lula.
Banqueiro passa pano nas declarações de Bolsonaro e 
comemora desemprego
Presidente do Itaú Unibanco diz que as falas criminosas do presidente não atrapalham economia e 
avanço da reforma da Previdência, que vai beneficiar bancos.
Nem mesmo as declarações criminosas de Jair Bolsonaro (PSL), que despertam desconfiança e 
repulsa no cenário mundial e tem espantado até parte do seu próprio eleitorado, parecem alterar a 
visão fria e calculista de um banqueiro sobre os rumos desastrosos do país.
Não é de estranhar, portanto, que um representante do setor que mais se beneficiou desde o golpe de 
2016 enxergue cenário positivo em meio a tantos retrocessos como é o caso do presidente do Itaú 
Unibanco, Candido Bracher.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o CEO do banco mais lucrativo do país deu de ombros para as 
cada vez mais absurdas declarações do despreparado presidente.
“O que tenho notado é que o avanço das reformas não tem sido influenciado pelas turbulências 
políticas”, disse Bracher em teleconferência a jornalistas ao se referir às reformas da Previdência e 
tributária – embora somente a primeira tenha avançado no Congresso mesmo com todos os males 
que causará ao povo brasileiro.
Não contente, Bracher ainda “comemorou” o nível elevado de desemprego – já são mais de 13 
milhões sem vaga no mercado – pois isso permite crescimento sem impacto sobre a inflação.
“Quando tem fator de produção sobrando tanto, significa que podemos crescer sem pressões 
inflacionários”, afirmou.
O apreço de Bracher por desemprego nem precisaria ser justificado: nesta segunda-feira (29) o Itaú 
Unibanco anunciou lançamento de um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que terá início 
(em 1º de agosto) no mesmo dia em que registrou recorde no lucro líquido contábil no segundo 
trimestre de 2019.
Isso justifica o otimismo incorrigível do banqueiro sobre o desgoverno Bolsonaro – cuja avaliação é 
a pior desde Collor.
“Isso (conjuntos de fatores supostamente favoráveis) deixa a situação macroeconômica do Brasil tão 
boa quanto nunca vi na minha carreira”.
Itaú, o golpe e o perdão de Temer
Quando Maria Alice Setúbal, herdeira e bilionária acionista do Banco Itaú Unibanco, clamou em 
artigo na Folha de S. Paulo por um “pacto pela democracia” em junho do ano passado o país todo já 
sabia de que lado ela estava: sua empresa, ao lado de outros bancos, apoiou descaradamente o golpe 
de 2016, que colocou o Brasil em colapso e desmoronou as instituições democráticas do país.
Apesar da vida do brasileiro ter piorado, o desemprego ido às alturas e a crise social atingido níveis 
alarmantes, ela de fato tem muito o que comemorar.
O Itaú jamais ganhou tanto dinheiro quanto depois do golpe.
Somente em 2018, ano em que Temer perdoou dívida de mais de R$ 20 bilhões da empresa, teve 
lucro recorde de cerca de R$ 25 bilhões.
O maior lucro de toda a série histórica dos bancos no Brasil e um dos maiores do mundo.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo, G1 e Brasil de Fato

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