quinta-feira, 2 de maio de 2019

O IMPERIO DAS FAKE NEWS: A história do avião de Maduro para Cuba e o jornalismo do Departamento de Estado dos EUA


 A informação de que um avião aguardava Maduro com destino à Cuba é mais um capitulo das 
fake news divulgadas pelo Departamento de Estado Americano em relação à Venezuela; a 
versão caiu como uma luva para a narrativa dos jornalistas que embarcaram na versão do 
sucesso do golpe de Guaidó
Por Renato Rovai
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que o presidente da Venezuela, 
Nicolás Maduro, estava pronto para deixar o país na manhã de ontem, 30, mas que teria sido 
convencido pela Rússia a permanecer em Caracas.
Para dar ares de realidade a sua fala após mais uma tentativa fracassada de golpe patrocinada pelos 
EUA, Pompeo ainda disse que Maduro tinha um avião estacionado ao lado de onde se encontrava e 
que seu destino seria Cuba.
A informação é mais um capítulo das fake news divulgadas pelo Departamento de Estado Americano 
em relação à Venezuela.
Durante toda a manhã de terça-feira a assessoria de imprensa do órgão alimentou os veículos de 
comunicação e jornalistas alinhados aos EUA, como os comentaristas da GloboNews, com a história 
de que Guaidó tinha o apoio de todo o comando das Forças Armadas. E que dessa vez Maduro 
estava derrotado.
Quem assistiu a análises, por exemplo, de comentaristas como Ariel Palácios, que pela manhã já 
falava sobre os rumos da nova Venezuela, ficava com a narrativa criada por Pompeo.
Quando ficou claro que tudo não passava de mais uma tentativa fracassada da oposição golpista e 
que Guaidó não tinha nem uma dezena dos 2 mil generais do país a seu favor, houve cobrança por 
parte desses jornalistas. Principalmente dos europeus e americanos. Foi neste momento que a versão 
do avião para Cuba e da ordem da Rússia surgiram.
A versão caiu como uma luva para a narrativa dos jornalistas que embarcaram na versão do sucesso 
do golpe de Guaidó. Todos deram como se isso justificasse suas analises equivocadas. E há ainda os 
que chamam isso de jornalismo profissional. Triste jornalismo.

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