Quem aceita pagamento em dinheiro num volume tão grande de quem está sendo investigado
por corrupção e cuja investigação é de conhecimento público é no mínimo cúmplice.
Por Renato RovaiA notícia publicada hoje em O Globo que revela que o policial militar aposentado e ex-assessor do
senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, pagou os 64,6 mil reais dos custos de sua
internação de nove dias no Hospital Albert Einstein em espécie não pode ser tratada como um
problema apenas da família bozo e de seu ex-assessor. É também algo que diz respeito ao
compliance da instituição Albert Einstein.
Uma empresa séria não aceitaria pagamento em espécie de uma pessoa politicamente exposta. E se
aceitou, o mínimo que deveria ter feito era informar o banco no qual depositou esse recurso acerca
da sua origem.
O Einstein tomou esses cuidados? Informou as autoridades que estão investigando o caso Queiroz
sobre a forma de pagamento do suspeito assessor? Pediu para que Queiroz fizesse um depósito na
sua conta corrente e transferisse os recursos para o hospital? Queiroz se negou a fazer essa operação?
Há algum tempo venho chamando a atenção para o tratamento complacente que a mídia tradicional
tem tido com o Einstein nesses casos que envolvem a família Bolsonaro.
O Einstein tem se negado a passar informações básicas sobre os bolsonaros desde que o patriarca foi
O Einstein tem se negado a passar informações básicas sobre os bolsonaros desde que o patriarca foi
retirado do hospital público de Juiz de Fora e encaminhado para lá.
Neste episódio de Fabrício Queiroz, o hospital tem tido um comportamento ainda mais suspeito. Não
Neste episódio de Fabrício Queiroz, o hospital tem tido um comportamento ainda mais suspeito. Não
comentou nada sobre o vídeo da festinha de réveillon dele em suas dependências e agora é flagrado
nesta operação heterodoxa de pagamento.
O Ministério Público não pode deixar o hospital fora de suas investigações. A não ser que o Einstein
O Ministério Público não pode deixar o hospital fora de suas investigações. A não ser que o Einstein
tenha comunicado aos promotores do caso sobre a forma de pagamento.
Quem aceita pagamento em dinheiro num volume tão grande de quem está sendo investigado por
Quem aceita pagamento em dinheiro num volume tão grande de quem está sendo investigado por
corrupção e cuja investigação é de conhecimento público é no mínimo cúmplice.
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