terça-feira, 28 de maio de 2019

BOLSONARO PEDE E JOVEM PAN DEMITE MARCO ANTONIO VILLA


O apresentador da Jovem Pan Marco Antonio Villa foi demitido da emissora; o afastamento 
seria decorrente das críticas ao governo Jair Bolsonaro e membros da atual gestão como o 
ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP); 
com a demissão, a Jovem Pan torna-se explicitamente bolsonarista, de olho em verba 
publicitária; liberdade de expressão em xeque.
247 - Crítico do governo Jair Bolsonaro, o apresentador da Jovem Pan Marco Antonio Villa foi 
demitido da emissora. O afastamento seria decorrente das críticas à gestão do atual presidente e 
membros como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o escritor Olavo de Carvalho, 
guru de Bolsonaro.
Com a demissão, a Jovem Pan torna-se explicitamente bolsonarista, de olho em verba publicitária.
Villa foi porta-voz da extrema-direita no processo que terminou com o golpe contra Dilma Rousseff, 
em 2016. Agora a direita começa a punir quem se mostra contra suas políticas. A liberdade de 
expressão está definitivamente em xeque.
Uma das críticas do apresentador ao governo aconteceu em março, quando o jornalista rechaçou a 
ideia de liberar o acesso ao Brasil de norte-americanos sem visto. Também bateu duro no deputado 
federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), para quem brasileiro que migra ilegalmente para os Estados 
Unidos é uma vergonha.
"A questão do visto. Sem reciprocidade? Quer dizer que americano entra no Brasil sem visto e o 
brasileiro [não pode fazer o mesmo]? Aí, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da 
Câmara, Eduardo Bolsonaro, diz que o brasileiro que é imigrante clandestino nos EUA é uma 
vergonha. Vergonha é você, Eduardo, que põe boné do Trump. Você é uma vergonha, não o 
brasileiro que vai lá trabalhar. É inacreditável a irresponsabilidade", disse Villa.
"Esta viagem está sendo desastrosa e, não o digo com prazer, os resultados serão desastrosos", 
acrescentou (veja aqui).
O apresentador também já afirmou que o chanceler Ernesto Araújo está a serviço de uma potência 
estrangeira. "Quando eu falo de política externa, penso no nosso Brasil. A recuperação econômica 
não pode ser prejudicada pela irresponsabilidade de uma política externa a serviço de interesses 
antinacionais e que coloquem em risco a segurança do Brasil", disse ele em comentário publicado no 
site da emissora no dia 14 deste mês.

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