segunda-feira, 20 de maio de 2019

A lição de Cristina Kirchner, Ela aceita ser candidata a vice na Argentina

Lula e Ciro devem um gesto do tamanho do de Cristina à nação. Deveriam se encontrar, 
encerrar as desavenças e dizer claramente que não são candidatos, que não é o momento de 
discutir nomes e sim de aglutinar os mais amplos setores na defesa do Brasil.
Cristina Kirchner tinha virado o espantalho para a direita argentina tentar o impossível: manter a
presidência mesmo tendo um governo desprezível e desprezado como é o de Mauricio Macri.
Favorita nas pesquisas, assustando até Bolsonaro, que mandou o filho Eduardo a Buenos Aires 
intrometer-se na eleição de nossos vizinhos e fazer amaeaças de que com ela a república portenha 
viraria “uma Nova Venezuela”, Cristina prepara-se para enfrentar um processo muito semelhante ao 
que se fez aqui com Lula, para impedi-lo de vencer as eleições.
Marcou-se para terça-feira o início das audiência de uma das acusações com que o Ministério 
Público argentino a persegue, por obras em estradas.
A reação ainda não está devidamente analisada, mas a ex-presidente produziu um terremoto na cena 
política do país.
Renuncia a uma candidatura francamente favorita, mas onde seria alvejada todo o tempo e se oferece 
como vice de Alberto Fernández, um jurista sem acusações e integrante das administração de Nestor 
Kirchner e da própria Cristina, da qual saiu para integrar-se a um novo partido.
O vídeo onde ela anuncia a decisão, divulgado esta manhã nas redes sociais, mostra, pela produção 
esmerada, que isso já se vinha pensando há dias. Em tom emocional e desprendido, ela deixou no 
chão, sem saberem o que falar, seus opositores, que sempre a acusaram de exercer o poder de forma 
personalíssima.

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