sexta-feira, 5 de abril de 2019

UNIVERSIDADE AMERICANA DETECTA 4.900 ROBÔS A SERVIÇO DO BOLSONARISMO


Um detector de robôs nas redes sociais desenvolvido pela Universidade de Indiana (EUA), 
chamado Botmeter, identificou 4.900 robôs entre os 30 mil seguidores do presidente Jair 
Bolsonaro mais assíduos nas redes sociais; entre os mais assíduos está o perfil 
@maring69423516; entre os dias 21 e 29 de março, o perfil foi responsável pela maior 
quantidade de posts contendo as hashtags de apoio a Bolsonaro que chegaram aos assuntos 
mais comentados nas redes.
247 - Um detector de robôs nas redes sociais desenvolvido pela Universidade de Indiana (EUA), 
chamado Botmeter, identificou 4.900 robôs entre os 30 mil seguidores do presidente Jair Bolsonaro 
mais assíduos nas redes sociais.
Segundo a jornalista Maria Clara Vieira, da revista Veja, entre os robôs bolsonaristas mais assíduos 
está o perfil @maring69423516. "Em um prazo um pouco mais largo, entre os dias 21 e 29 de março, 
a fúria digitadora de dona Mariângela seguiu forte e ela foi responsável pela maior quantidade de 
posts contendo as hashtags de apoio ao presidente Jair Bolsonaro que chegaram aos assuntos mais 
comentados nas redes no período: #aimprensamente, a campeã, mencionada mais de 27,7 mil vezes 
no Twitter, seguida por #bolsonarotemrazao e #somostodosallan (em referência ao ativista Allan dos 
Santos, do site Terça Livre), respectivamente com 12,4 mil e 10,3 mil menções. Depois de passar 
incólume por vários "exames" virtuais, na última semana determinou-se que Mariângela é 
literalmente uma máquina: o nome virtual @mariang69423516 foi classificado como robô pelo 
Botometer, um detector de bots desenvolvido pela Universidade do Indiana", diz a reportagem.
Os pesquisadores também analisaram os 60.000 retuítes feitos pelos usuários analisados e 
perceberam indícios de robotização nesta rede de compartilhamentos. "Ela é pouco densa, o que é 
incomum. Alguns 'nós' mais fortes geralmente representam influenciadores reais. Mas a maioria dos 
perfis de apoio não segue um ao outro. É como se essa gente toda gostasse das mesmas coisas, mas 
ninguém se conhecesse ou se conectasse de alguma forma, um comportamento que vai contra a 
própria arquitetura da internet, feita para conectar pessoas com interesses em comum", explica a 
professora Marie Santini, diretora do NetLab/UFRJ.

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