segunda-feira, 1 de abril de 2019

O CRIME É UM NEGOCIO; A VIDA HUMANA, UMA DROGA


POR FERNANDO BRITO 
O governador, orgulhoso, diz que seus “snipers” estão agindo “sigilosamente” (o novo nome de 
clandestinidade) estourando cabeças de bandidos.
“Eles já estão sendo usados, só não há divulgação. Quem avalia se vai dar o tiro na cabeça ou em 
qualquer outra parte do corpo é o policial” diz ele a O Globo.
Naa manchete do jornal, resultado da “política de segurança” deste enfrentamento: as milícias já 
estão presentes em 14 cidades do estado e controlam 26 bairros do Rio. “Somente no município do 
Rio, estão sob o jugo de milicianos, direta ou indiretamente, cerca de 2,2 milhões de pessoas”, 
informa o jornal.
Compostas por policiais, ex-policiais, agregando bombeiros militares e agentes penitenciários, elas 
passaram, também a controlar o tráfico, além de uma lista que vai de controle do transporte 
alternativo, venda do gás, tv a cabo e internet, agiotagem, grilagem e contrabando de cigarros.
Como funcionam em promiscuidade com o aparelho policial oficial, a raras ações feitas contra ela 
têm poucos resultados e é evidente a “benção” que recebem e o dízimo que pagam aos agentes do 
Estado.
O crime não é só um produto da injustiça e da iniquidade social, nisso eles têm razão.
É um negócio, um grande negócio, patrocinado hoje em dia tanto pelo governador quanto pelo 
Presidente da República, que já disse que os milicianos seriam “muito bem-vindos”, dada a 
incapacidade do estado de fazer cumprir a lei.
E como defender legalidade nas operações policiais é “defender bandido”, matam-se os bandidos 
“selecionados” para que o exército da milícia expanda seus lucros.

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