POR FERNANDO BRITO
Sérgio Naya, para quem não se lembra, era o dono daquele Edifício Palace 2 que desabou em 1996,
matando oito pessoas, na Barra da Tijuca, o bairro da sociedade emergente do Rio de Janeiro.
Não é longe da Muzema, no Itanhangá, lugar de gente pobre ou de classe média baixa, controlado
Não é longe da Muzema, no Itanhangá, lugar de gente pobre ou de classe média baixa, controlado
pelas milícias, onde dois prédios caíra, deixando 2 mortos, cinco feridos e 17 pessoas desaparecidas.
O que caiu não foram barracos de pobres, destes que a gente sempre viu pendurados milagrosamente
O que caiu não foram barracos de pobres, destes que a gente sempre viu pendurados milagrosamente
nas encostas do Rio de Janeiro. Foram prédios construidos por gente capaz de mobilizar muito
dinheiro, para erguer cinco ou seis andares, com 20 0u 30 apartamentos. E em série, porque nas fotos
pode-se observar outros iguais em tudo, só mudando a cor dos revestimentos das fachadas.
Quem é que investiria milhões em obras mambembes, se corresse o risco de vê-las embargadas, de
Quem é que investiria milhões em obras mambembes, se corresse o risco de vê-las embargadas, de
fato, e mandadas demolir, por irregulares e inseguras?
As milícias – as tais “bem intencionadas”, segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva
As milícias – as tais “bem intencionadas”, segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva
– são o poder político de fato nestes locais e donas ou sócias destes esquemas picareta de grilagem
de terras, construções irregulares e venda lucrativa de arapucas para quem tem pouco dinheiro e
muitos sonhos.
É o Estado paralelo, já quase oficial, da polícia, que cresce nos espaços que o o Estado oficial, que
ignora os pobres, lhes entrega, até para fazerem o que ele está deixando de fazer. Os prédios da
Muzema, afinal, são o “Minha Casa, Minha Vida” que o Brasil parou de fazer.
E, para alguns de nossos irmão, tragicamente, o “Minha Casa, Minha Morte”.
Há 40 dias, segundo a Folha, o Ministério Público está jejuando no deserto do caso Fabrício Queiroz.
E, para alguns de nossos irmão, tragicamente, o “Minha Casa, Minha Morte”.
Há 40 dias, segundo a Folha, o Ministério Público está jejuando no deserto do caso Fabrício Queiroz.
“Mais de 40 dias após afirmar ao Ministério Público do Rio de Janeiro que coordenava uma
“desconcentração de remuneração” no gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz
ainda não entregou a lista dos funcionários informais que atuavam para o então deputado estadual e
hoje senador.(…)o ex-assessor de Flávio disse por meio de sua defesa que recolhia parte do salário
dos funcionários do gabinete para distribuir a outras pessoas que também trabalhavam para o então
deputado estadual. Segundo ele, Flávio não tinha conhecimento da prática.
Reparem que nem mesmo chamar a depor, pessoalmente, este sujeito o Ministério Público dignou-se
a convocar.
Contenta-se com uma declaração escrita do advogado, apresentada três meses depois dos convites
feitos a esclaracer o caso.
Fabrício não está internado e, no final do ano, teve condições de fazer dancinhas no Youtube.
A imprensa, salvo notícias esporádicas como esta, está a anos-luz das campanhas que sempre fez
“exigindo explicações”.
Nem mesmo conseguiu, todos estes meses, descobrir onde estava Wally, digo, Fabrício.
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