"Neste tempo de boatos e ódios repetidos que as maiorias acreditam ser verdadeiros, vi como
são usados os procedimentos para humilhar, e não para encontrar verdades. Por muitos anos
me coloquei acima dos insultos, me defendi, e a homenagem dos meus inimigos foi argumentar
que Alan García era suficientemente inteligente para que eles não conseguissem provar as suas
calúnias”, escreveu o ex-presidente antes de se suicidar
247 - O ex-presidente peruano Alan García, que se suicidou na última quarta-feira (17) deixou uma
carta na qual afirmou não querer sofrer a "injustiça" de ser preso sob acusação de participar de um
escândalo de corrupção. Na carta, ele diz já ter cumprido sua missão.
"Vi outros desfilarem algemados, guardando a sua miserável existência, mas Alan García não tem
"Vi outros desfilarem algemados, guardando a sua miserável existência, mas Alan García não tem
porque sofrer essa injustiça e esse circo, por isso deixo aos meus filhos a dignidade das minhas
decisões, aos meus companheiros um sinal de orgulho, e o meu corpo como uma amostra do meu
desprezo aos meus adversários, porque já cumpri a missão que me impus", escreveu.
A carta foi lida por uma de suas filhas durante o funeral, que aconteceu nesta sexta-feira (19). Ele
A carta foi lida por uma de suas filhas durante o funeral, que aconteceu nesta sexta-feira (19). Ele
disse já ter cumprido sua missão ao levar o Partido Aprista Peruano (PAP) ao poder, e que em 30
anos de vida pública jamais foi encontrado nada contra si.
"Neste tempo de boatos e ódios repetidos que as maiorias acreditam ser verdadeiros, vi como são
usados os procedimentos para humilhar, e não para encontrar verdades. Por muitos anos me coloquei
acima dos insultos, me defendi, e a homenagem dos meus inimigos foi argumentar que Alan García
era suficientemente inteligente para que eles não conseguissem provar as suas calúnias”, disse.
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