Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado
filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando o órgão; Abraham Weintraub, ligado ao
mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para "derrotar a
esquerda"; sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18
de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor; foi
demitido e seguiu para a Quest Corretora; depois tornou-se professor da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp); confira algumas polêmicas do ministro.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou hoje a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez e a
nomeação do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, economista com experiência em
especulação financeira.
Abraham Weintraub é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1994) e
mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é professor
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos.
Na iniciativa privada, o novo ministro da Educação trabalhou no Banco Votorantim por 18 anos,
onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio na Quest Investimentos.
Ricardo Vélez Rodríguez durou menos de 100 dias no cargo. Ele foi o segundo ministro a cair em 98
dias de governo. O primeiro a sair foi Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da
Presidência.
Sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionaisAbraham Weintraub trabalhou 18
de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Foi
demitido e seguiu para a Quest Corretora. Depois tornou-se professor da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp).
Abraham e seu irmão Arthur Weintraub, também da Unicesp, atuam em dupla no interior do
bolsonarismo. Os dois chegaram a defender a luta contra uma suposta tentativa de transformar o
Brasil numa grande Venezuela. "Durante o século XX, mais da metade das pessoas do mundo
viveram sob alguma forma de terror. Hoje, a América do Sul, e o Brasil em particular, faz parte do
espaço vital de uma estratégia clara para a tomada de poder por grupos totalitários socialistas e
comunistas", diz Abraham. "Eu não acreditava nisso. Achava que era teoria da conspiração. Todavia,
está tudo documentado! O Foro de São Paulo é uma realidade! As FARC eram convidadas de honra.
O crack foi introduzido no Brasil de caso pensado. Vejam os arquivos, está na internet!". Seus relatos
foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O novo ministro também se envolveu em um conflito com estudantes da Universidade Federal de
São Paulo, a Unifesp, onde ele ensinava junto com o irmão Arthur Weintraub. A polêmica veio após
Jair Bolsonaro publicar, em novembro passado, um texto nas redes sociais assinado pelos Weintraub,
que defendia a independência do Banco Central.
"Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca
em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e
socialmente referenciada", dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros
acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais - os representantes de
Administração, Ciências Contábeis e Ciências Atuariais não se posicionaram.
Os irmãos rebateram dizendo achar impressionante que os estudantes de Economia os dessem "lição
Os irmãos rebateram dizendo achar impressionante que os estudantes de Economia os dessem "lição
de moral". Segundo os Weintraub, os alunos deveriam deixar "de ser ridículos" e ter vergonha "por
puxar a nota do campus lá para baixo". Os dois professores também afirmaram que os jovens que
aguardavam "ansiosamente pela Ditadura do Proletariado".
O currículo do novo ministro da educação cita como experiência: Chefe de Escoteiros e
Lobinhos.
Nome da empresa: União dos Escoteiros do Brasil - Grupo Avanhandava
Datas do trabalho voluntário: jan de 1987 – jan de 1992
Duração do trabalho voluntário: 5 anos 1 mês
Em tempo, segundo o PiG cheiroso: Abraham Weintraub atuou no mercado financeiro por mais de
20 anos. Ele foi sócio na Quest In
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