quinta-feira, 25 de abril de 2019

ANÁLISE: GOVERNO BOLSONARO IMPLODIU ANTES DE COMEÇAR, ATÉ QUANDO O PAÍS AGUENTA ESSE BARRACO:?


Por Ricardo Kotscho, para o 
Balaio do Kotscho e para o 
Jornalistas pela Democracia
Antes de completar quatro meses, o governo
Bolsonaro está implodindo, com o capitão
presidente e o vice general agora em guerra aberta.
Aonde isso vai dar, quanto tempo ainda o país vai
assistir placidamente a este barraco federal
armado no Palácio do Planalto?
Parece que nada mais é capaz de espantar os
brasileiros, tantos são os desmandos, as
bizarrices, as pernadas abaixo da linha de cintura
e os escândalos que se multiplicam em progressão
geométrica para onde quer que se olhe.
Ou que outro nome se pode dar a esta notícia
publicada pela Folha, como se fosse um fato
corriqueiro: "Governo oferece R$ 40 mi de
emendas a deputados que votarem pela reforma"
É isso mesmo: o chefe da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, em nome do governo, resolveu
comprar os deputados para votarem a favor da
reforma da Previdência no plenário da Câmara
A R$ 40 milhões por cabeça, isso vai custar ao
país R$ 14,2 bilhões até 2020, se forem incluídos
também os senadores, para aprovar essa reforma
já desidratada, um verdadeiro Frankenstein costurado pelo Centrão de Eduardo Cunha em parceria
com o superministro Paulo Guedes.
Se essa reforma era a salvação da lavoura, o pau da barraca do governo, capaz de resolver todos os
nossos problemas, de dor de corno a frieiras, então estamos perdidos.
Fora isso, qual é a estratégia do governo para os próximos meses e anos? Quais são os projetos para
desencalhar a economia que está parando e enfrentar o grande drama do desemprego crescente?
Até agora, o governo só se dedicou a destruir a Educação, a Cultura e a Política Externa, acabar com
direitos sociais, rifar a soberania nacional e o patrimônio público, distraindo a platéia com o arranca
rabo entre filhos do presidente, generais de pijama e olavetes ensandecidos.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
É só isso que anima o noticiário político, onde não há mais espaço para a discussão dos grandes
problemas nacionais de um país que vai se desfazendo de vergonha na cara.
Outro dia, Bolsonaro acabou por decreto com todos os conselhos formados nos últimos anos pela
sociedade civil organizada. Ninguém fala mais no assunto.
São tantos os absurdos e as atrocidades, que um vai superando e outro, uma tragédia cede lugar a
outra maior, e logo os assuntos vão sendo esquecidos.
Nem se fala mais no fuzilamento por uma guarnição do Exército, com mais de oitenta tiros, contra o
carro do músico em que mataram também um catador de papel que foi salvar o filho dele.
A troca de ofensas entre filhos do presidente, militares e olavetes virou arroz de festa, não dá mais
manchete.
O aumento progressivo do desemprego e da miséria já faz parte da paisagem, não chama mais a
atenção de ninguém.
E as milícias continuam mandando e matando impunemente no Rio de Janeiro, onde o famoso
motorista Queiroz desapareceu, junto com os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.
Tudo virou o "novo normal", essa expressão calhorda que inventaram para designar o que não é
normal numa sociedade civilizada.
Até quando?
Vida que segue.

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