“Carnaval sem Lula é fraude”, disse o povo nesta festa de Momo. Agora, mês que vem, só falta
o STF mandar soltar o ex-presidente. Lula é mantido preso político há 323 dias na carceragem
da Polícia Federal de Curitiba. Ele cumpre pena antecipada de um crime (caso tríplex) sem
o STF mandar soltar o ex-presidente. Lula é mantido preso político há 323 dias na carceragem
da Polícia Federal de Curitiba. Ele cumpre pena antecipada de um crime (caso tríplex) sem
prova. A injusta prisão política não impediu que foliões dos quatro cantos do Brasil
homenageassem o homem que tirou milhões da pobreza e da miséria. E mais: devolveu a
dignidade, o emprego, para aqueles que estavam desalentados desde os tempos de FHC.
VÍDEO: Bloco protesta em frente ao condomínio de Bolsonaro,
no Rio: “eu não me engano, ele é miliciano”
Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi alvo de protestos, de xingamentos e de latinhas
de cerveja nos carnavais de rua. Se não foi a totalidade que mandou o capitão ir ‘tomar no cu’
percebeu-se o silêncio ensurdecedor da outra parte que não o defendeu [ou seja, quem cala consente].
Pois bem, o Supremo Tribunal Federal deverá examinar a prisão em condenação de segunda
instância no próximo dia 10 de abril, quando o petista completa 1 ano cumprindo pena.
A lava jato condenou o ex-presidente para tirá-lo da disputa presidencial do ano passado e facilitar a
vitória de Jair Bolsonaro (PSL), haja vista que Lula liderava todas as pesquisas.
Segundo o PT, como paga pela condenação, o então juiz Sérgio Moro ganhou o cargo de Ministro da
Segundo o PT, como paga pela condenação, o então juiz Sérgio Moro ganhou o cargo de Ministro da
Justiça do governo de extrema-direita que aí está.
Por Gilvandro Filho, para o Jornalistas pela Democracia
Que o presidente Jair Bolsonaro não é lá a pessoa mais popular desse País, isto não é nenhuma
novidade. Estão aí as pesquisas de popularidade para comprovar, com 75% dos brasileiros – pelos
números, até seus eleitores - achando o governo dele um horror. Mas, talvez nem ele fizesse ideia do
quanto ridicularizado e rejeitado é. Foi preciso um carnaval para traduzir em imagens e som o abuso
que o Brasil tem hoje desse governo trapalhão e desorientado. Hoje, último dia da folia, o carnaval e
o governo Bolsonaro têm algo em comum: caminham para as cinzas.
De norte a sul do País, protestos pipocaram nos polos de animação. Entre os sucessos deste ano,
De norte a sul do País, protestos pipocaram nos polos de animação. Entre os sucessos deste ano,
paródias espirituosas "saudaram" o presidente, seu governo e seu entorno político. A criatividade do
brasileiro mostrou-se em alta, no mesmo nível da sua indignação.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula e a vereadora Mariele Franco eram
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula e a vereadora Mariele Franco eram
homenageados pelas escolas de samba. Lula praticamente foi o enredo da Paraíso do Tuiuti, que
encerrou o desfile com a arquibancada inteira gritando "Lula Livre". Já a ativista de direitos
humanos assassinada por milicianos do Rio foi o tema de destaque da Mangueira.
Tuiuti levou os prêmios de Melhor Enredo e Melhor Ala ("Salvador da Pátria", na qual Lula é
saudado), enquanto a Mangueira é a vencedora de Melhor Samba-enredo e Melhor Escola. A voz do
povo é voz de Deus.
Nas redes sociais, no Youtube, a farra musical teve como ponto alto a ótima Família Passos, que vem
estourando nas paradas com suas sátiras políticas. Destaque para a "Marchinha do Arrependimento /
Eu Avisei". Impagável!
Nas ruas, a festa do povão foi regida ao som de críticas ácidas ao presidente e ao seu desgoverno.
Uma espécie de trilha sonora para o mundo de fantasias e alegorias que surgiram para lembrar os
fatos que têm marcado a era Bolsonaro. Foi o carnaval do "cadê Queiroz" e das "laranjas". O povo
aproveitou a brincadeira para cobrar. E cobrou pesado.
Em Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Olinda, o carnaval de rua de 2019
foi o carnaval anti-Bolsonaro. Nas ladeiras de Olinda, a Embaixada dos Bonecos Gigantes, que fica
no Recife e faz um trabalho paralelo aos bonecos de Olinda, inventou de criar bonecos do presidente
e da primeira-dama Michelle e coloca-los para pular no meio da festa. O resultado foi uma chuva de
latas de cerveja ao som de uma vaia estrondosa. Por várias vezes, o desfile precisou ser interrompido
para "limpar' os bonecos e acalmar os ânimos.
E eis alguns dos destaques da folia deste ano, nas ruas das principais capitais onde rolou a festa:
Rio de Janeiro - "Doutor, eu não me engano / o Bolsonaro é miliciano"
carnaval!
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