terça-feira, 19 de março de 2019

INACREDITÁVEL!!! MPF pede para Pulhocci esconder da câmera anotações que levou a depoimento; veja vídeo


Pulhocci chegou em depoimento com anotações que o MP pediu para esconder da câmara – 
Veja o vídeo
No depoimento prestado ontem à 10a. Vara Federal do Distrito Federal, Antonio Palocci mentiu. Ele 
foi questionado pela defesa do ex-presidente Lula se havia sido orientado pelo Ministério Público 
Federal a falar sobre caças, objeto da ação a que Lula responde.
O ex-ministro da Fazenda prestou depoimento como testemunha e, nessa condição, não poderia 
mentir. Mas mentiu, como mostram as provas juntadas pelos advogados.
Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, perguntou a ele se havia combinado com os procuradores 
que trataria de caças num depoimento prestado em junho do ano passado, como parte do acordo de 
colaboração.
“Não”, disse ele.
Mas as imagens mostram que havia um roteiro a ser seguido no seu depoimento “espontâneo”. 
Naquele depoimento, ele segurava em uma das mão algumas folhas e, em uma delas, é possível ler 
“caças”.
Se o depoimento era sobre fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, por que o assunto “caças” 
foi tratado?
A defesa de Lula aponta uma conclusão possível, talvez a única: o Ministério Público Federal 
precisava de um depoimento sobre caças para juntar na ação que tramitava no Distrito Federal e que, 
em termos de provas, é vazia.
Com o depoimento de Palocci na mão, os procuradores requereram que o ex-ministro da Fazenda 
fosse ouvido no processo que apura a suposto pagamento de propina pela negociação da compra de 
caças franceses.
Apesar da fase de depoimento ter sido encerrada, o juiz concordou, e a defesa, analisando o vídeo, 
encontrou a imagem em que Palocci segura o roteiro com a palavra caças. Captou a imagem da tela e 
juntou nos processos.
“Tais capturas de tela mostram que o senhor Palocci, ao contrário do que afirmou na audiência de 
hoje, foi sim com o objetivo pré-estabelecido e preparado para falar de caças, dentre outros temas. 
Essa situação fica clara nas anotações que o senhor Palocci portava naquele momento com a 
referência a caças e a outros temas estranhos à Operação Greenfield”, escreveram os advogados, no 
ofício em que pedem ao juiz que avalie a ausência de credibilidade do depoimento de Palocci e 
eventual ilícito praticado por ele (falso testemunho).
O ex-ministro da Fazenda deixou a prisão depois que teve o acordo de delação premiada 
homologado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto.
Os termos do acordo são mantidos em sigilo, embora já tenha vazado a informação (nunca 
desmentida) de que o ex-ministro teria ficado com 30 milhões dos 60 milhões de reais encontrados 
em suas contas e que haviam sido bloqueados.
Palocci não apresentou provas do que diz. Nem antes, nem no depoimento de ontem. Ele nem sequer 
conta com testemunha que teria presenciado suas conversas apresentadas como comprometedoras, 
entre as quais as de Lula.
Do ponto de vista jurídico, seria imprestável.
Mas, como ganhou destaque na mídia, pelo menos um objetivo foi atendido: o de criar o ambiente 
para condenar o ex-presidente.
É assim que a Lava Jato trabalha.
Antonio Pulhocci depôs hoje na Justiça Federal em uma ação contra Lula sobre a compra dos 
caças suecos no governo Dilma Rousseff.
Pulhocci foi incluído pelos procuradores como testemunha de acusação meses depois do fim dos 
depoimentos das testemunhas de defesa e da acusação.
O incrível é entender porque tanto esforço dos procuradores em ouvi-lo, se ao depor hoje Pulhocci 
disse não saber nada dos caças suecos como registra matéria da CBN.
O que Pulhocci teve foi palco para fazer mais acusações sem nenhuma prova -alguma gravação, 
algum depósito, algum registro, alguma prova, qualquer uma que justifique seu acordo de delação 
premiada.
O que fica mais estranho é que o depoimento de hoje nasceu de outro no dia 26 de junho de 2018, 
quando Pulhocci depôs aos procuradores de Brasília da Operação Greenfield sobre fundos de pensão, 
com um papel de anotações onde se lia “Lula – caças, submarinos e helicópteros”.
Ele já chega com essa anotação no depoimento antes de qualquer pergunta dos procuradores que 
marcaram o interrogatório sobre outro assunto.
Depois desse depoimento, o MP insistiu para ele ser ouvido nessa ação sobre os caças suecos, onde 
ele faz novas acusações, sem provas ou relação com audiência: disse que tinha ouvido falar de 
propinas entre os ex-presidentes Lula e Sarkozy na compra de submarinos, helicópteros e caças (que 
no final não aconteceu) da França. De novo, sem provas ou maiores detalhes.
Pulhocci, que tem como advogado um dos “reis da delação” de Curitiba, Adriano Bretas, já chegou 
no depoimento dos procuradores em junho de 2018 com o script das acusações anotado em papel, 
acertadas sabe-se lá com quem. Os procuradores se incomodam ao perceber que a câmera registra as 
anotações e pedem para que ele esconda a folha com as anotações para a câmera (veja vídeo acima)
Por que Pulhocci chegou para o depoimento de uma operação sobre Fundos de Pensão com
anotações sobre caças, entre outras anotações no papel, que precisavam ser escondidas?

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