quarta-feira, 20 de março de 2019

FILHINHA FAZIA RACHADINHA DE 80% COM QUEIROZ


Coaf: filha de Queiroz repassou 80% de salário 
na Câmara para o pai
Um novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado ao Ministério 
Público do Rio (MP-RJ) mostra outras movimentações atípicas na conta corrente de Nathália Melo 
de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz e ex-assessora do presidente Jair Bolsonaro quando ele era 
parlamentar na Câmara dos Deputados. 
Entre junho e novembro do ano passado, a conta de Nathália recebeu o montante de R$ 101 mil, 
entre o salário na Câmara e outros rendimentos. Deste total, ela repassou para seu pai R$ 29,6 mil, o 
equivalente a 80% do total de R$ 36,6 mil que ganhou como assessora de Jair Bolsonaro. 
Queiroz é investigado pelo MP-RJ em apuração sobre possível prática de “rachadinhas” na 
Assembleia Legislativa do Rio — quando servidores devolvem parte dos salários aos deputados que 
os nomearam. Em fevereiro, o ex-assessor confirmou em depoimento por escrito que servidores do 
gabinete de Flávio Bolsonaro devolviam parte do salário e que esse dinheiro era usado para ampliar a 
rede de colaboradores junto à base eleitoral do então deputado.
O nome de Nathália veio à tona pela primeira vez quando um relatório do Coaf apontou que seu pai 
movimentou R$ 1,2 milhão de entre 2016 e 2017. O documento identificou que ela fez repasses a 
Queiroz em um total de R$ 97,6 mil ao longo do ano de 2016, quando ainda era assessora de Flávio 
na Alerj.
Incompatibilidade
De setembro de 2007 até dezembro de 2016, a filha de Queiroz foi funcionária do deputado na Alerj. 
Nesse período, foi da liderança do PP, do setor de notas taquigráficas e, a partir de 2011, servidora do 
gabinete de Flávio.
Depois disso, ela foi lotada no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro na Câmara — tendo sido 
exonerada em outubro, no mesmo dia em que seu pai deixou o gabinete de Flávio.
O novo relatório do Coaf também registra como ocorrência que a movimentação financeira de 
Nathália no período é “aparentemente incompatível com a capacidade financeira da cliente”. Além 
disso, o órgão aponta como ocorrência ainda o “uso do dinheiro em espécie” para “inviabilizar a 
identificação da origem e real destino dos recursos”. Nesse período, ela efetuou 23 saques em 
dinheiro no total de R$ 11.950. (...)
Em tempo: Moro, Moro, rachadinha não é crime, Moro?

PHA

Nenhum comentário: