sexta-feira, 29 de março de 2019

EM AÇÃO COORDENADA POR MORO, POLICIAIS ARMADOS CUMPREM MANDADO NA USP


Policiais civis fortemente armados surpreenderam a comunidade acadêmica da USP ao 
entrarem em salas de aula da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) 
para prender um aluno, alvo de uma operação contra pornografia infantil; "Por que o aluno 
não foi preso na sua residência, como seria típico de um flagrante? Para quê interromper aulas 
com armas à vista na Universidade? Para quê mobilizar duas dezenas de policiais 
uniformizados e com uso de metralhadoras para prender o acusado nos prédios da USP?", 
questiona a instituição.
Revista Fórum - Policiais civis fortemente armados surpreenderam a comunidade acadêmica da 
USP na manhã desta quinta-feira (28) ao entrarem em salas de aula da Faculdade de Filosofia, Letras 
e Ciências Humanas (FFLCH) para prender um aluno, alvo de busca em operação contra pornografia 
infantil.
Desencadeada em 26 estados e no Distrito Federal, a ação partiu de uma investigação do Ministério 
da Justiça, segundo o ministro Sérgio Moro. "Não foi um trabalho exclusivo do Ministério da Justiça, 
isso foi feito em parceria com policias estaduais, mas o trabalho foi coordenado a partir daqui. 
Pesquisas, investigações via cibernéticas foram feitas concentradas aqui no Ministério da Justiça. 
Esse material foi disseminado para os órgãos de investigação estaduais que propiciou a realizar essa 
operação", disse, em entrevista coletiva, divulgada no Portal G1.
Em nota, a diretoria da FFLCH reiterou seu apoio no combate a crimes potencialmente graves, 
destacando, inclusive, a tradição de estudos e ações nesse sentido, mas repudia a 
desproporcionalidade entre os fins e os meios do procedimento policial.
"Sem entrar no mérito das acusações, que a Justiça irá julgar, resguardados os direitos também do 
acusado, de acordo com os preceitos do Estado democrático (...) Por que o aluno não foi preso na sua 
residência, como seria típico de um flagrante? Para quê interromper aulas com armas à vista na 
Universidade? Para quê mobilizar duas dezenas de policiais uniformizados e com uso de 
metralhadoras para prender o acusado nos prédios da USP?", questiona o texto.
A diretoria da faculdade acionou a procuradoria da USP, buscando esclarecer o episódio.
"Não vamos aceitar calados que a imagem da FFLCH-USP e a autonomia desta instituição sejam 
violados por ações injustificáveis. O mais do que necessário combate à criminalidade não pode 
justificar a agressão às instituições universitárias", diz trecho da nota.
Leia a íntegra da reportagem.

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