O novo presidente do Senado é investigado em dois inquéritos, pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), por supostos crimes na campanha de 2014 em que ele se elegeu. De acordo com o
Ministério Público Federal, Alcolumbre é investigado por “utilização de notas fiscais frias
inidôneas para a prestação de contas, ausência de comprovantes bancários, contratação de
inidôneas para a prestação de contas, ausência de comprovantes bancários, contratação de
serviços com data posterior à data das eleições, entre outras”. Noutro inquérito, de 2018, o
novo presidente do Senado apresentação de notas fiscais frias na prestação de contas da eleição
de 2014. A ficha corrida de Davi Alcolumbre não para por aí. Em 2013, segundo O Globo, o
presidente do Senado foi investigado por supostas ligações com o doleiro Fayed Trabouli, no
escândalo sobre desvios de dinheiro de fundos de pensão de prefeituras e governos estaduais.
novo presidente do Senado apresentação de notas fiscais frias na prestação de contas da eleição
de 2014. A ficha corrida de Davi Alcolumbre não para por aí. Em 2013, segundo O Globo, o
presidente do Senado foi investigado por supostas ligações com o doleiro Fayed Trabouli, no
escândalo sobre desvios de dinheiro de fundos de pensão de prefeituras e governos estaduais.
A descoberta “incidental” do Ministério Público de seu durante a Operação Miquéias, que
investigava desvio de R$ 50 milhões pelo doleiro Fayed Trabouli. Os correligionários do
investigava desvio de R$ 50 milhões pelo doleiro Fayed Trabouli. Os correligionários do
senador Renan Calheiros (MDB-AL) juram de pés juntos que nada têm a ver com os
vazamentos das investigações.
vazamentos das investigações.
Vinho velho em garrafa nova
FERNANDO HORTA
FERNANDO HORTA
Joseph Goebbels foi chefe da maior organização nazista na cidade de Berlim com 28 anos.
Aos 36, ele se tornou ministro-chefe de comunicação da Alemanha nazista. Heinrich
Himmler se tornou chefe supremo da polícia política nazista (a SS) com 29 anos. Na Itália
fascista, Ítalo Balbo, se tornou ministro da aeronáutica com 33 anos, e “Marechal do Ar”, o
maior posto da aeronáutica italiana, com 37. Com apoio de Hitler, Dino Grandi, uma das
lideranças fascistas da época, se tornou ministro da justiça da Itália de Mussolini com
apenas 34 anos.
O hino nacional italiano da época de Mussolini era a “Giovinezza” (Juventude) e dizia:
“Finalmente o triunfo do ideal
Pelo qual nós lutamos tanto
A fraternidade nacional
Da civilização italiana
Juventude, Juventude
Fonte da beleza
Na salvação do fascismo
A nossa liberdade”
Aos 36, ele se tornou ministro-chefe de comunicação da Alemanha nazista. Heinrich
Himmler se tornou chefe supremo da polícia política nazista (a SS) com 29 anos. Na Itália
fascista, Ítalo Balbo, se tornou ministro da aeronáutica com 33 anos, e “Marechal do Ar”, o
maior posto da aeronáutica italiana, com 37. Com apoio de Hitler, Dino Grandi, uma das
lideranças fascistas da época, se tornou ministro da justiça da Itália de Mussolini com
apenas 34 anos.
O hino nacional italiano da época de Mussolini era a “Giovinezza” (Juventude) e dizia:
“Finalmente o triunfo do ideal
Pelo qual nós lutamos tanto
A fraternidade nacional
Da civilização italiana
Juventude, Juventude
Fonte da beleza
Na salvação do fascismo
A nossa liberdade”
De uma maneira geral, havia nos regimes nazistas e fascista uma histeria pelo “novo”.
Tudo, de Mozart e Beethoven a Schiller e Marx, tudo o que não representasse o “novo” não
deveria ser idolatrado. O rejuvenescimento em todos os cargos de administração pública, e
mesmo no exército, era visível. O velho perecia nos cantos, nas marchas e nos discursos
alvoroçados do nazismo e do fascismo. Um "novo mundo se erguia sob as ruínas do velho",
e com este discurso Hitler prometia um Reich de 1000 anos e Mussolini afirmava que a
Itália fascista seria o modelo para o mundo nos séculos vindouros.
Numa das muitas contradições do nazi-fascismo, a glorificação do “novo” contrastava
gritantemente com as práticas em luta contra a modernidade. O mal-estar do final do
século XIX, com crises econômicas quase cíclicas, guerras e o questionamento de todo o
arcabouço civilizacional da Europa da época, encontravam uma resposta muito forte no
materialismo de Marx e Engels.
Ao negarem a modernidade, os fascistas e nazistas denunciavam o materialismo como
filosofia, a revolução social como objetivo e a quebra das amarras sociais como problema
quotidiano. O “novo”, na concepção dos regimes de Hitler e Mussolini (e muitos outros pelo
mundo afora), não aceitava a emancipação feminina nem a miscigenação “racial”. Na
prática, fascistas e nazistas falavam em “novo”, atacavam a “corrupção” e se declaravam
“arautos do povo”, exatamente porque não toleravam as rupturas sociais e econômicas,
inerentes ao próprio avançar das sociedades capitalistas.
Velhos e decrépitos por dentro, a exaltarem corpos jovens, beleza juvenil e a força de
guerra da juventude.
Davi Alcolumbre se tornou presidente do legislativo brasileiro após vergonhosas manobras
legislativas. Em meio à histeria do final de semana no Senado, os membros recém-eleitos
faziam coro esganiçado para que tudo na casa fosse subvertido. Pediam que os mais jovens
tivessem precedência, repetiam à exaustão que representavam “o povo” cansado de
“corrupção”. Diziam-se os jovens eleitos pelo povo para fazer um “novo Brasil”. A realidade,
porém, é que todos ali representam os velhos pensamentos, as velhas ordens sociais e os
velhos poderes. Agora, sem o refino intelectual e a experiência do uso do poder.
Toscos conservadores, apedeutas da sociedade que os elegeu.
E para que não pairem dúvidas a respeito do quão “novos” eles acham que são, Alcolumbre
desenha, nas mesmas cores do fascismo:
“Esta é a hora em que cabe ao Senado Federal a legítima representação de um
povo, a hora em que podemos nos libertar das amarras que nos prendem a
formas ultrapassadas e injustas da velha política; hora de construir um novo
cenário e assumirmos um compromisso com a renovação do nosso país e desta
Casa.”
Alcolumbre tem só 41 anos e já é processado por crime eleitoral. Tem 41 anos e já votou
para salvar Aécio Neves, as velhas ordens e as velhas práticas.
É o mesmo “novo” nazi-fascista. Agora, com cheiro de goiaba.
Tudo, de Mozart e Beethoven a Schiller e Marx, tudo o que não representasse o “novo” não
deveria ser idolatrado. O rejuvenescimento em todos os cargos de administração pública, e
mesmo no exército, era visível. O velho perecia nos cantos, nas marchas e nos discursos
alvoroçados do nazismo e do fascismo. Um "novo mundo se erguia sob as ruínas do velho",
e com este discurso Hitler prometia um Reich de 1000 anos e Mussolini afirmava que a
Itália fascista seria o modelo para o mundo nos séculos vindouros.
Numa das muitas contradições do nazi-fascismo, a glorificação do “novo” contrastava
gritantemente com as práticas em luta contra a modernidade. O mal-estar do final do
século XIX, com crises econômicas quase cíclicas, guerras e o questionamento de todo o
arcabouço civilizacional da Europa da época, encontravam uma resposta muito forte no
materialismo de Marx e Engels.
Ao negarem a modernidade, os fascistas e nazistas denunciavam o materialismo como
filosofia, a revolução social como objetivo e a quebra das amarras sociais como problema
quotidiano. O “novo”, na concepção dos regimes de Hitler e Mussolini (e muitos outros pelo
mundo afora), não aceitava a emancipação feminina nem a miscigenação “racial”. Na
prática, fascistas e nazistas falavam em “novo”, atacavam a “corrupção” e se declaravam
“arautos do povo”, exatamente porque não toleravam as rupturas sociais e econômicas,
inerentes ao próprio avançar das sociedades capitalistas.
Velhos e decrépitos por dentro, a exaltarem corpos jovens, beleza juvenil e a força de
guerra da juventude.
Davi Alcolumbre se tornou presidente do legislativo brasileiro após vergonhosas manobras
legislativas. Em meio à histeria do final de semana no Senado, os membros recém-eleitos
faziam coro esganiçado para que tudo na casa fosse subvertido. Pediam que os mais jovens
tivessem precedência, repetiam à exaustão que representavam “o povo” cansado de
“corrupção”. Diziam-se os jovens eleitos pelo povo para fazer um “novo Brasil”. A realidade,
porém, é que todos ali representam os velhos pensamentos, as velhas ordens sociais e os
velhos poderes. Agora, sem o refino intelectual e a experiência do uso do poder.
Toscos conservadores, apedeutas da sociedade que os elegeu.
E para que não pairem dúvidas a respeito do quão “novos” eles acham que são, Alcolumbre
desenha, nas mesmas cores do fascismo:
“Esta é a hora em que cabe ao Senado Federal a legítima representação de um
povo, a hora em que podemos nos libertar das amarras que nos prendem a
formas ultrapassadas e injustas da velha política; hora de construir um novo
cenário e assumirmos um compromisso com a renovação do nosso país e desta
Casa.”
Alcolumbre tem só 41 anos e já é processado por crime eleitoral. Tem 41 anos e já votou
para salvar Aécio Neves, as velhas ordens e as velhas práticas.
É o mesmo “novo” nazi-fascista. Agora, com cheiro de goiaba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário