sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

ONU RECONHECE MADURO COMO PRESIDENTE LEGITIMO, DIZ SECRETÁRIO GERAL E WALL STREET JORNAL ADMITE QUE VENEZUELA É PARTE DO PLANO DE TRUMP PARA DOMINAR AMÉRICAS,


Em resposta à carta enviada por Juan Guaidó, o palhaço Venezuelano que se autoproclamou 
Presidente, o Secretário Geral da Organização da Nações Unidas (ONU), António Guterres, 
confirmou que são os Estados-membros da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança que 
reconhecem o presidente Nicolás Maduro como presidente constitucional e legítimo da Venezuela.
O posicionamento foi uma resposta a uma carta enviada pelo presidente da Assembleia Nacional da 
Venezuela, Juan Guaidó, pedindo às Nações Unidas que aumentem a ajuda humanitária ao país.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira (31/01), por meio do porta-voz de Guterres, 
Stephane Dujarric, em entrevista concedida a jornalistas na sede da organização em Nova Iorque.
De acordo com o porta-voz, a resposta dada por Guterres é que "as Nações Unidas estão prontas para 
aumentar suas atividades humanitárias e de desenvolvimento na Venezuela", mas que para isso 
"precisa do consentimento e da cooperação do governo”. 
O chefe da organização ainda destacou que o reconhecimento dos governos não é uma função da
Secretaria-Geral da ONU, mas dos Estados-membros e que respeita "as decisões" da Assembleia 
Geral e do Conselho de Segurança.
Além disso, ele reiterou sua disponibilidade para ajudar a encontrar uma solução política para a crise 
existente no país. 

A tentativa do governo Trump de derrubar o presidente 
venezuelano Nicolás Maduro marca a abertura de uma nova 
estratégia para os Estados Unidos exercerem influência sobre a 
América Latina; é o que revela artigo do jornal Wall Street 
Journal baseado em declarações de autoridades do governo 
estadunidense.
O jornal destaca que os EUA têm em mira não apenas a Venezuela, mas também Cuba, um
adversário que tem concentrado as atenções dos EUA na região há mais de 50 anos, bem como as 
recentes incursões da Rússia, China e Irã na vida internacional. .
Funcionários de alto escalão do governo Trump há muito acreditam que Cuba é a mais séria ameaça 
à segurança nacional dos EUA. Eles citam as operações de inteligência de Cuba nos EUA e seus 
esforços para disseminar visões antiamericanas em outros países latino-americanos.
Isto justificaria, na opinião desses funcionários, que o governo de Trump rompa os laços entre 
Venezuela e Cuba, afundando os regimes em ambos os países.
A assertividade vem do desejo da Casa Branca de reverter uma reaproximação parcial com Havana 
pela administração Obama através da flexibilização das sanções e da abertura da ilha aos EUA. 
investimento.
O governo estadunidense divulga que a inteligência cubana está profundamente integrada aos 
militares venezuelanos e no aparato de segurança do governo Maduro. Igualmente, observa que a 
Venezuela, por sua vez, fornece a Havana petróleo bruto a praticamente nenhum custo, um volume 
que chegou a atingir 100 mil barris de petróleo por dia. E ambos os países se fortaleceram os laços 
com Moscou, Teerã e Pequim.
Depois da Venezuela e Cuba, os EUA estão de olho na Nicarágua. O Departamento de Estado 
considera que o país centro-americano tem um governo autocrático e repressivo e que os 
nicaraguenses estão se unindo ao fluxo de migrantes para os EUA, na fronteira com o México.
De acordo com John Bolton, conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, Cuba, Venezuela 
e Nicarágua formam "a troica da tirania", que vai "desmoronar".
O Wall Street Jornal assinala ao mesmo tempo que a estratégia dos EUA acarreta grandes riscos. O 
fracasso dessa estratégia poderias agravar a situação econômica da Venezuela e implicar o aumento 
do fluxo migratório. Por outro lado, a derrota dessa estratégia daria a Cuba e Venezuela uma espécie 
de vittória diplomática de Davi contra Golias e fortaleceria a posição da China, da Rússia e do Irã na 
região.
O jornal põe em relevo ainda que a eleição no ano passado do presidente Ivan Duque na Colômbia e 
de Jair Bolsonaro no Brasil, ambos de extrema-direita, alteram a paisagem política regional. O jornal 
ressalta que o secretário de estado dos EUA, Mike Pompeo, já elaborou planos de ação tanto com o 
colombiano como com o brasileiro.
O jornal narra as movimentações de Trump e do vice-presidente Mike Pence por trás da tentativa de 
golpe na Venezuela, com a autoproclamação de Guaidó como presidente interino. Aponta ainda o 
apoio político estadunidense e a política de sanções econômicas com a qual o governo Trump 
pretende estrangular a Venezuela.
Agora, o governo dos Estados Unidos estuda os próximos passos. Podem ser adotadas novas 
medidas contra Cuba, a partir da designação da ilha caribenha como um país "patrocinador do 
terrorismo", para afetar os investimentos de vários países na economia cubana. Estão em estudo 
novas sanções, com a aplicação com ainda maior rigor da Lei Helms-Burton. As novas sanções 
contra Cuba visam inviabilizar a continuidade da ajuda cubana ao governo venezuelano de Nicolás 
Maduro, finaliza o Wall Street Journal.

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