Em resposta à carta enviada por Juan Guaidó, o palhaço Venezuelano que se autoproclamou
Presidente, o Secretário Geral da Organização da Nações Unidas (ONU), António Guterres,
confirmou que são os Estados-membros da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança que
reconhecem o presidente Nicolás Maduro como presidente constitucional e legítimo da Venezuela.
O posicionamento foi uma resposta a uma carta enviada pelo presidente da Assembleia Nacional da
Venezuela, Juan Guaidó, pedindo às Nações Unidas que aumentem a ajuda humanitária ao país.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira (31/01), por meio do porta-voz de Guterres,
Stephane Dujarric, em entrevista concedida a jornalistas na sede da organização em Nova Iorque.
De acordo com o porta-voz, a resposta dada por Guterres é que "as Nações Unidas estão prontas para
aumentar suas atividades humanitárias e de desenvolvimento na Venezuela", mas que para isso
"precisa do consentimento e da cooperação do governo”.
O chefe da organização ainda destacou que o reconhecimento dos governos não é uma função da
Secretaria-Geral da ONU, mas dos Estados-membros e que respeita "as decisões" da Assembleia
Secretaria-Geral da ONU, mas dos Estados-membros e que respeita "as decisões" da Assembleia
Geral e do Conselho de Segurança.
Além disso, ele reiterou sua disponibilidade para ajudar a encontrar uma solução política para a crise
existente no país.
A tentativa do governo Trump de derrubar o presidente
venezuelano Nicolás Maduro marca a abertura de uma nova
estratégia para os Estados Unidos exercerem influência sobre a
América Latina; é o que revela artigo do jornal Wall Street
Journal baseado em declarações de autoridades do governo
estadunidense.
O jornal destaca que os EUA têm em mira não apenas a Venezuela, mas também Cuba, um
adversário que tem concentrado as atenções dos EUA na região há mais de 50 anos, bem como as
recentes incursões da Rússia, China e Irã na vida internacional. .
Funcionários de alto escalão do governo Trump há muito acreditam que Cuba é a mais séria ameaça
à segurança nacional dos EUA. Eles citam as operações de inteligência de Cuba nos EUA e seus
esforços para disseminar visões antiamericanas em outros países latino-americanos.
Isto justificaria, na opinião desses funcionários, que o governo de Trump rompa os laços entre
Venezuela e Cuba, afundando os regimes em ambos os países.
A assertividade vem do desejo da Casa Branca de reverter uma reaproximação parcial com Havana
A assertividade vem do desejo da Casa Branca de reverter uma reaproximação parcial com Havana
pela administração Obama através da flexibilização das sanções e da abertura da ilha aos EUA.
investimento.
O governo estadunidense divulga que a inteligência cubana está profundamente integrada aos
O governo estadunidense divulga que a inteligência cubana está profundamente integrada aos
militares venezuelanos e no aparato de segurança do governo Maduro. Igualmente, observa que a
Venezuela, por sua vez, fornece a Havana petróleo bruto a praticamente nenhum custo, um volume
que chegou a atingir 100 mil barris de petróleo por dia. E ambos os países se fortaleceram os laços
com Moscou, Teerã e Pequim.
Depois da Venezuela e Cuba, os EUA estão de olho na Nicarágua. O Departamento de Estado
Depois da Venezuela e Cuba, os EUA estão de olho na Nicarágua. O Departamento de Estado
considera que o país centro-americano tem um governo autocrático e repressivo e que os
nicaraguenses estão se unindo ao fluxo de migrantes para os EUA, na fronteira com o México.
De acordo com John Bolton, conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, Cuba, Venezuela
De acordo com John Bolton, conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, Cuba, Venezuela
e Nicarágua formam "a troica da tirania", que vai "desmoronar".
O Wall Street Jornal assinala ao mesmo tempo que a estratégia dos EUA acarreta grandes riscos. O
fracasso dessa estratégia poderias agravar a situação econômica da Venezuela e implicar o aumento
do fluxo migratório. Por outro lado, a derrota dessa estratégia daria a Cuba e Venezuela uma espécie
de vittória diplomática de Davi contra Golias e fortaleceria a posição da China, da Rússia e do Irã na
região.
O jornal põe em relevo ainda que a eleição no ano passado do presidente Ivan Duque na Colômbia e
O jornal põe em relevo ainda que a eleição no ano passado do presidente Ivan Duque na Colômbia e
de Jair Bolsonaro no Brasil, ambos de extrema-direita, alteram a paisagem política regional. O jornal
ressalta que o secretário de estado dos EUA, Mike Pompeo, já elaborou planos de ação tanto com o
colombiano como com o brasileiro.
O jornal narra as movimentações de Trump e do vice-presidente Mike Pence por trás da tentativa de
O jornal narra as movimentações de Trump e do vice-presidente Mike Pence por trás da tentativa de
golpe na Venezuela, com a autoproclamação de Guaidó como presidente interino. Aponta ainda o
apoio político estadunidense e a política de sanções econômicas com a qual o governo Trump
pretende estrangular a Venezuela.
Agora, o governo dos Estados Unidos estuda os próximos passos. Podem ser adotadas novas
Agora, o governo dos Estados Unidos estuda os próximos passos. Podem ser adotadas novas
medidas contra Cuba, a partir da designação da ilha caribenha como um país "patrocinador do
terrorismo", para afetar os investimentos de vários países na economia cubana. Estão em estudo
novas sanções, com a aplicação com ainda maior rigor da Lei Helms-Burton. As novas sanções
contra Cuba visam inviabilizar a continuidade da ajuda cubana ao governo venezuelano de Nicolás
Maduro, finaliza o Wall Street Journal.
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